Dino afirma que Élcio de Queiroz seguirá preso após delação e investigações sobre caso continuam
Ministro explica que ainda é necessário achar os mandantes do crime, mas as apurações sobre a execução foram finalizadas
24/07/2023 15h06
O ministro Flávio Dino (Justiça e Segurança Pública) afirmou, em coletiva nesta segunda-feira (24), que Élcio de Queiroz seguirá preso em regime fechado mesmo com sua delação premiada. O ex-policial confessou que participou do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes em 2018.
O "prêmio" pela delação, que é um benefício pelas informações dadas, ainda não foi detalhado.
"A delação foi produzida 15 a 20 dias atrás, ela foi submetida ao processo judicial de confirmação dessa delação. Ela já se acha homologada pelo Poder Judiciário, e todas as formalidades foram atendidas", disse Dino.
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Além disso, o ministro garantiu que as investigações continuam, pois ainda não há informações sobre os mandantes do crime. Segundo Dino, as novas declarações de Queiroz fazem com que as apurações sobre a execução das vítimas estejam encerradas.
"Há aspectos que ainda estão sob investigação, em segredo de Justiça. O certo é que nas próximas semanas provavelmente haverá novas operações derivadas desse conjunto de provas colhidas no dia de hoje [segunda]”, completou.
Dino ainda explicou que o conteúdo da delação é considerado “sensível” e “envolve pessoas com notória periculosidade”.
Élcio de Queiroz deu uma delação premiada à Polícia Federal (PF) e ao Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ). Preso desde 2019 ao lado de Ronnie Lessa, miliciano acusado de ser um dos autores do assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes, o ex-policial militar contou detalhes do caso às autoridades.
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Segundo o delator, que ainda será julgado ao lado do amigo pelo Tribunal do Júri, Lessa fez os disparos contra a vereadora e o motorista, bem como a assessora da política, Fernanda Chaves, que estava no banco de trás do carro e sobreviveu ao atentado.
Queiroz também admitiu que dirigia o veículo usado no ataque. Outro detalhe revelado pela colaboração foi que Maxwell Simões Corrêa, ex-bombeiro conhecido como Suel, fez campanas para vigiar Marielle. Ele foi preso novamente na manhã desta segunda-feira (24).
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