Notícias

'Sem anistia para os fascistas!': Marcha das Mulheres Negras de São Paulo acontece nesta terça (25)

Há oito anos, o movimento luta contra o racismo e pelos direitos das mulheres negras na sociedade


24/07/2023 16h10

A oitava edição da Marcha das Mulheres Negras de São Paulo (MMNSP) acontece nesta terça-feira (25). Combate às violências racistas e justiça por Marielle Franco e Luana Barbosa, duas mulheres negras vítimas de feminicídio, são duas das pautas do evento neste ano.

Com concentração às 17h30 na Praça da República e saída às 19h30 para a caminhada, a MMNSP é vista como um espaço de união entre mulheres afrodescendentes.

"A marcha surge para isso, para a gente conseguir se unir, se mobilizar e ficar organizada e mais forte. A Marcha volta com aquela unicidade que nos une como mulheres negras" afirma Juliana Gonçalves, gestora, articuladora política e organizadora do movimento.

A MMNSP também busca dar visibilidade à data 25 de julho, quando é comemorado o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, decretado pela ONU em 1992, e Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra, sancionado pela lei Nº 12.987 no Brasil.

Leia mais: Em delação premiada, ex-PM confirma que Ronnie Lessa foi quem disparou contra Marielle Franco

"Mulheres negras em marcha por um Brasil com democracia! Sem racismo! Sem violências! Sem anistia para os fascistas! Justiça por Marielle Franco e Luana Barbosa! Por nós, por todas nós, pelo Bem Viver!" é o manifesto da MMNSP desde ano.

Segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, 61,1% das vítimas de feminicídio em 2023 eram mulheres negras. Além disso, conforme dados de 2022 do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), a taxa de desemprego das mulheres negras ficou em 13,9%, enquanto a dos homens não negros foi de 6,1%.

"A marcha enquanto um grupo de incidência política e de formação política tem um papel fundamental para a difusão desses dados e da condição da mulher negra porque, infelizmente, nós ainda temos um senso comum educado pela democracia racial que faz com que muita gente acredite que existe igualdade entre todas as pessoas e que, por isso, não enxerga e nem se move para mudar a situação de vulnerabilidade que acomete os corpos de mulheres negras” declarou Juliana Gonçalves sobre a importância da Marcha das Mulheres Negras de São Paulo.

Leia também: Caso Marielle: após prisão, Anielle Franco reafirma confiança em investigação da PF

A MMNSP surgiu como um desdobramento da Marcha das Mulheres Negras que ocorreu, no ano de 2015, em Brasília e reuniu mais de 50 mil pessoas.

Além do ato, a Marcha das Mulheres Negras de São Paulo contará neste ano com atrações artísticas, como o cortejo afro Ilú Obá de Min e o coletivo de poetisas Flores de Baobá.

ÚLTIMAS DO FUTEBOL

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

“Liberdade de expressão não é liberdade de agressão”, afirma Alexandre Moraes

Dólar fecha no maior nível em seis meses; Ibovespa registra queda

+Milionária: Veja dezenas e trevos sorteados nesta quarta-feira (10)

Câmara mantém prisão de deputado Chiquinho Brazão

Combate à solidão: idosos vão receber "pets robôs" no Reino Unido