Cinquenta anos após golpe, Chile lançará plano de busca pelos desaparecidos da ditadura
Em ato na Praça da Constituição, ministro da Justiça chileno anunciará medida junto ao presidente Gabriel Boric
30/08/2023 13h49
O governo chileno irá lançar nesta quarta-feira (30) o Plano Nacional de Busca de Detidos Desaparecidos durante a ditadura militar de Augusto Pinochet (1973-1990). Nesta data, é celebrado o Dia Internacional das Vítimas de Desaparecimento Forçado, instituído pela ONU em 2010.
Em cerimônia liderada pelo presidente Gabriel Boric, na Praça da Constituição, em Santiago, o ministro da Justiça Luis Cordero Vega anunciará o programa, que partirá da integração de todas as informações recolhidas de processos judiciais e de outros arquivos espalhados por agências governamentais e organizações de direitos humanos, utilizando um software especial para cruzar dados.
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A medida marca a primeira vez desde o fim do regime de Pinochet que o governo chileno tenta encontrar os desaparecidos – um esforço que até agora recaiu em grande parte sobre os familiares sobreviventes, principalmente mulheres, que protestaram, fizeram greve de fome e levaram seus casos a tribunal.
Até agora, os locais de sepultamento dos mortos foram identificados apenas através destes processos judiciais. De acordo com o governo do Chile, mais de 40 mil pessoas foram vitimadas pela ditadura de Pinochet, entre desaparecidos, presos políticos, torturados e assassinados.
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