A Anistia Internacional divulgou uma nota com críticas ao governo da Bahia pelo alto número de mortes registradas em operações policiais.
O estado vive uma crise na segurança pública com uma escalada da violência no confronto entre facções e o crescimento da letalidade policial. O ponto central do conflito são os bairros periféricos, onde há trocas de tiros quase todos os dias.
Na nota publicada na última quarta-feira (27), a Anistia Internacional apresenta um levantamento que mostra 86 mortos nos últimos meses na Bahia como resultado das operações das polícias Civil, Militar, Federal e Rodoviária Federal. Só em setembro, foram registradas mais de 50 mortes.
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Para a anistia, "o combate ao crime organizado não pode ser justificativa para graves violações de direitos humanos pelo estado". A organização pede uma "ação contundente das autoridades para responsabilização de todos os envolvidos." e que a população assine uma petição para que o Ministério Público pressione pelo controle da atividade policial.
No dia 15 de setembro, um policial federal foi morto em uma operação contra uma organização criminosa. Antes, em agosto, a líder quilombola e ialorixá Mãe Bernadete, de 72 anos, foi morta a tiros no quilombo Pitanga dos Palmares, no município de Simões Filho, região metropolitana de Salvador.
No início desta semana, o governador Jerônimo Rodrigues (PT) participou de um encontro com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, em Brasília, para solicitar reforços.
Dino garantiu a ampliação de recursos para compra de equipamentos e tecnologias, com o objetivo de fortalecer as operações conjuntas. Nesta quinta são esperadas equipes da pasta para visitas técnicas à cidade de Salvador.
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