O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, defendeu nesta segunda-feira (9) o debate sobre a redução da jornada de trabalho no país em até quatro dias úteis. A declaração sobre o tema aconteceu durante uma audiência pública na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado.
"Há debates acontecendo, de experimentos em relação a se pensar em três dias na semana, ou quatro dias na semana, se tem experiências acontecendo em relação a esse debate [...]. Se tem um debate sobre as tecnologias, a inteligência artificial, as plataformas que temos, é necessário que se pense a jornada", disse.
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"Aliás, quando falamos em tecnologia, pensamos que ela viria em benefício da sociedade, se trabalhar menos e o conhecimento ser redistribuído. Mas observamos que ela [a tecnologia] é apropriada para o bolso e para aumentar a exploração, é contraditório", acrescentou Marinho.
Segundo o ministro, é um tema que deve ser discutido pela sociedade civil e pelo Congresso Nacional.
"Eu creio que a sociedade brasileira está na hora sim [de debater essa questão] e o palco é o Congresso Nacional, que deve se debruçar sobre isso", apontou o ministro.
Marinho, no entanto, destacou que ainda não levou o tema para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas acredita que o petista não seria contra o debate de diminuir a jornada sem a redução de salários.
A semana de quatro dias úteis vem sendo testada em algumas empresas do Brasil e em outros países.
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