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Relatório da CPI de 8 de janeiro pede indiciamento de Bolsonaro e de mais 60 pessoas

Relatório com 1.333 páginas foi apresentado nesta terça-feira (17)


17/10/2023 17h09

A relatora da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), apresentou nesta terça-feira (17) o relatório final dos cinco meses de trabalho da Comissão que apurou os ataques no início do ano. 

No texto final, a relatora pediu o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de mais 60 pessoas por crimes cometidos durante os ataques aos prédios dos Três Poderes, no dia 8 de janeiro deste ano.

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O ex-presidente foi indicado por quatro crimes durante a leitura do documento. Os crimes de Bolsonaro, segundo a relatora, são: associação criminosa, violência política, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado. As penas podem chegar a 29 anos de prisão, caso ele seja condenado.

Eliziane também pediu o indiciamento de integrantes militares do governo Bolsonaro: general Braga Netto, ex-ministro da Defesa; general Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional; e o general Luiz Eduardo Ramos, ex-ministro da Secretaria-Geral da Presidência.

Dos 61 citados no relatório, 31 são militares. Além disso, estão na lista de indiciamento nomes próximos a Bolsonaro e que atuaram em órgãos de segurança no governo anterior, como o ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, e o ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasques. Eliziane também sugere o indiciamento da deputada federal Carla Zambelli.

“O 8 de janeiro não foi um raio repentino num dia claro de sol, as nuvens carregadas que anunciavam a tempestade começaram a se acumular muito tempo antes. Entender a dinâmica desses acontecimentos é fundamental para identificar as ameaças e prevenir novos atentados contra o Estado Democrático de Direito”, diz o trecho do documento.

A votação está prevista para acontecer nesta quarta-feira (18). A lista feita pela Comissão é apenas uma sugestão. Agora, caberá aos órgãos responsáveis, como o Ministério Público, analisar uma possível apresentação de denúncia.

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