Diante da seca histórica que atinge o Amazonas, gravuras rupestres de mais de mil anos voltaram a aparecer. As ilustrações foram detectadas no Rio Negro, que registra o seu nível mais baixo em 121 anos.
Localizadas em rochas submersas no "Encontro das Águas", as figuras só puderam ser visualizadas em períodos de seca e de baixíssima vazão dos rios Negro e Solimões, em área conhecida como "Ponta das Lages".
As gravuras, popularmente chamadas de “caretas”, foram feitas na pedra com símbolos que se assemelham a faces humanas. As origens das marcações ainda são incertas, mas, segundo arqueólogos que estudam a região amazônica, elas podem ter sido feitas entre 2 mil a 5 mil anos atrás por povos indígenas que habitavam o local.
“Conhecer e, principalmente, proteger esses achados de relevância cultural e histórica é dever de toda a sociedade. A partir da Constituição Federal de 1988, o patrimônio arqueológico é reconhecido como parte constituinte do Patrimônio Cultural brasileiro, impondo ao poder público, com a colaboração da comunidade, o dever de sua proteção”, afirmou o Instituto Soka Amazônia, gestor da Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN).
Na última seca histórica do Rio Negro, em 2010, uma série de inscrições rupestres também puderam ser vistas.
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