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Do final da década de 1990 até o início dos anos 2000, a esporotricose se tornou uma doença de relevância para a saúde pública, no entanto, até hoje, em pleno 2023, muitas pessoas não conhecem os principais pontos sobre essa condição.

No Brasil, a micose subcutânea cosmopolita é causada, principalmente, pelo Sporothrix brasiliensis, um fungo comumente encontrado no solo.

A principal forma de transmissão atual ocorre por meio de gatos doentes, que podem transmitir para outros animais e também para os donos. A infecção pode ocorrer por arranhaduras, mordeduras ou pelo contato com líquidos de lesões cutâneas de bichinhos infectados, secreção ou qualquer outra partícula.

Também pode ocorrer pela inoculação traumática do fungo presente no solo, em plantas e em alguma matéria orgânica em decomposição.

Em entrevista ao site da TV Cultura, o médico veterinário José Renato Rezende Costa, membro da Comissão Nacional de Saúde Pública Veterinária do Conselho Federal de Medicina Veterinária, esclarece que, clinicamente, os infectados podem apresentar lesões no dorso do tronco e na cabeça.

“Essas lesões se caracterizam por formações circulares, elevadas, com alopecia e crostas, em grande número com ulceração central. No caso de disseminação da doença, podem estar presentes anormalidades oculares, neurológicas e linfáticas”.

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Em caso de qualquer suspeita clínica da doença, o tutor deverá procurar um médico veterinário o quanto antes e deixá-lo isolado de outros pets da casa, se for o caso. “O isolamento deve ser feito mantendo sempre as condições mínimas exigidas (alimento, água e abrigo), que não caracterizam maus-tratos”, destaca.

Após o diagnóstico, será feita a prescrição do tratamento mais indicado, que pode apresentar uma duração de quatro meses a um ano. A constatação de cura do animal também deve ser feita apenas pelo profissional. Após isso, o pet poderá voltar a ter uma vida normal.

Como a esporotricose pode afetar os humanos?

Nos humanos, a doença também se manifesta por meio de lesões na pele.

De acordo com Maria Clara Gutierrez, médica dermatologista e pesquisadora do INI/Fiocruz, o mais indicado a se fazer ao notar qualquer sinal da doença, é procurar atendimento médico.

A infecção, que além de poder ocorrer ao ter contato com gatos doentes, também pode acontecer durante o manuseio do solo e de plantas ao lesionar a pele de alguma forma, inclusive com gravetos.

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Como consequência, é necessário colocar luvas grossas que protejam as mãos como forma de prevenção. Ao cuidar de um animal infectado, o mesmo é indicado, além do uso de aventais e óculos.

A especialista afirma que a cura não ocorre da noite para o dia, e que o tratamento pode demorar em torno de três meses, a depender da forma clínica.

Maria Clara ainda informa que não é necessário que o indivíduo fique isolado durante esse período. “A esporotricose não passa de gente para gente, então não é necessário que a pessoa fique em isolamento durante o tratamento, diferente dos gatos, que são muito sensíveis ao fungo”, explica.