Notícias

Secretário do Ministério da Justiça classifica reunião com esposa de líder de facção criminosa como erro

Luciene Barbosa Farias esteve na sede da pasta nos dias 16 de março e 2 de maio


13/11/2023 19h45

O secretário nacional de Assuntos Legislativos do Ministério da Justiça, Elias Vaz, assumiu a responsabilidade por ter se reunido com uma advogada que é esposa do chefe de uma facção criminosa do Amazonas.

Luciene Barbosa Farias esteve na sede do Ministério da Justiça nos dias 16 de março e 2 de maio. Na primeira reunião, ela participou de uma discussão sobre possíveis crimes cometidos contra detentos do sistema prisional. Dois meses depois, voltou à pasta para uma agenda com Rafael Velasco Brandani, secretário nacional de Políticas Penais. O caso foi revelado pelo jornal O Estado de S. Paulo.

A mulher é casada com Clemilson Farias, apontado pelo Ministério Público como líder de uma facção criminosa no Amazonas. Clemilson cumpre pena no estado por tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.

Luciene é presidente do Instituto Liberdade do Amazonas, que advoga pelo fim de supostos abusos cometidos em presídios do estado. Procuradores afirmam que a entidade é financiada por uma facção criminosa e que a advogada teria enriquecido com o dinheiro do tráfico. Ela foi condenada em segunda instância e responde em liberdade à denúncia do MP.

Leia também: Marido de Ana Hickmann confessa que mentiu em primeira versão sobre agressão: "Entrei em total desespero"

Em outra reportagem, do jornal Folha de S. Paulo, diz que a mulher participou de um congresso no Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania na última segunda-feira (6).

Após a repercussão, o ministro da Justiça, Flávio Dino, escreveu em uma rede social que “nunca recebeu líder de facção criminosa”, e afirmou que as acusações são "politicagem".

Elias Vaz diz que Luciene participou como acompanhante de uma agenda tratando de investigações sobre a morte de dois jovens. Ele classificou a reunião como um erro.

A advogada afirma que não é faccionada, e que é criminalizada por ser esposa de um detento. Em nota, ela declara que o Instituto Liberdade do Amazonas luta pelo fim da pena de fome, da privação de visitas e da tortura em presídios.

Saiba mais na matéria sobre o tema que foi ao ar esta segunda-feira (13) no Jornal da Tarde:

Leia também: São Paulo registra 37,4ºC nesta segunda (13) e volta a ter o dia mais quente do ano

ÚLTIMAS DO FUTEBOL

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

“Liberdade de expressão não é liberdade de agressão”, afirma Alexandre Moraes

Dólar fecha no maior nível em seis meses; Ibovespa registra queda

+Milionária: Veja dezenas e trevos sorteados nesta quarta-feira (10)

Câmara mantém prisão de deputado Chiquinho Brazão

Combate à solidão: idosos vão receber "pets robôs" no Reino Unido