Condenado a 31 anos e oito meses de prisão pela morte do próprio filho, Leandro Boldrini foi convocado a participar da etapa final do processo seletivo de um programa de residência médica no Rio Grande do Sul.
Leandro havia participado de uma prova no dia 19 de novembro, quando já havia retornado ao regime semiaberto no Presídio Regional de Santa Maria. Com bons resultados, ele avançou.
Relembre o caso Bernardo
Bernardo Uglione Boldrini, de 11 anos, foi dado como desaparecido no dia 4 de abril 2014. 10 dias depois, no dia 14, seu corpo foi encontrado enterrado em uma cova vertical dentro de uma propriedade às margens de um riacho na cidade de Frederico Westphalen (RS).
No mesmo dia, o pai e a madrasta do menino, Graciele Ugulini, foram presos acusados de serem o mentor intelectual e a executora do crime, respectivamente. Uma amiga de Graciele, Edelvânia Wirganovicz, também foi presa por ajudar no assassinato. Além deles, alguns dias depois, Evandro Wirganovicz, irmão de Edelvânia, foi preso por ser apontado como aquele que preparou a cova onde o menino foi enterrado.
A alegação da Promotoria defende que a motivação do crime seria a vontade do casal em não dividir com o menino a herança deixada pela mãe dele, Odilaine, que cometeu suicídio em fevereiro de 2010, aos 30 anos, além de o considerarem um estorvo para o novo núcleo familiar.
Os quatro réus foram condenados em 2019, porém, o júri de Leandro foi anulado em dezembro de 2021. O relator do caso disse que "houve quebra da paridade de armas" na conduta do promotor de justiça durante o interrogatório do réu no júri.
A Justiça concedeu liberdade condicional para Evandro em 2019, enquanto Edelvânia conseguiu progressão de regime, indo para o semiaberto em 2022.
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