O azeite de oliva foi um dos vilões do orçamento do brasileiro 2023. Segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), prévia da inflação, o produto subiu 37,76% neste ano. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
É possível encontrar o produto nos mercados por valores de R$ 40 ou R$ 50, por exemplo.
Entre os produtos alimentícios, o acréscimo do azeite de oliva só ficou atrás de mercadorias com variações sazonais, como o morango, com alta de 62,47% em 2023, e da tangerina, com aumento de 41,36%.
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De acordo com a Associação Brasileira de Produtores, Importadores e Comerciantes de Azeite de Oliveira (Oliva), o aumento no preço do azeite está ligado com as “mudanças climáticas que assolam o planeta". Elas provocam quebras de safras do produto.
Além disso, a seca na Europa também pode justificar a alta do produto. O continente é responsável por grande parte produção e sofreu com problemas de seca últimos dois anos. Com a redução da safra, o mercado internacional foi pressionado pelos valores.
O ano passado marcou a pior safra da história do produto, com redução de 26%, em comparação com a média anual.
Em agosto, o preço do azeite na região da Andaluzia, na Espanha, país responsável por mais de 40% da produção global do produto, estava custando 8,20 euros (R$ 44,60) por quilo, mais do que o dobro, cerca de 116%, dos 3,80 euros por quilo pagos em agosto de 2022.
Com isso, o Brasil precisa gastar mais, mesmo comprando a menor quantidade de azeite dos últimos 6 anos. A produção nacional representa somente 1% do consumo de azeites extra virgens no país.
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