A Polícia Federal aponta que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) foi utilizada para monitorar Simone Sibilio, ex-coordenadora da força-tarefa do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) que investigou as mortes de Marielle Franco e Anderson Gomes.
O caso está descrito na decisão em que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou buscas e apreensão contra o ex-diretor-geral da agência Alexandre Ramagem, hoje deputado federal pelo PL do Rio de Janeiro.
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"Ficou patente a instrumentalização da Abin, para monitoramento da Promotora de Justiça do Rio de Janeiro e coordenadora da força-tarefa sobre os homicídios qualificados perpetrados em desfavor da vereadora Marielle Franco e do motorista que lhe acompanhava Anderson Gomes", escreveu Moraes na decisão.
De acordo com a decisão, a Controladoria-Geral da União (CGU) identificou um resumo do currículo da promotora, um documento que “tem a mesma ausência de identidade visual nos moldes dos relatórios apócrifos da estrutura paralela”.
Segundo a investigação, os relatórios apócrifos criados pela estrutura paralela “seriam divulgados com o fim de criar narrativas falsas”.
A Polícia Federal acredita que havia uma “estrutura paralela infiltrada” na Abin, na gestão do delegado Alexandre Ramagem.
Outros alvos
A Abin também teria investido no monitoramento ilegal dos ministros Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes, do ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia e do ex-governador Camilo Santana, do Ceará, hoje ministro da Educação de Lula, entre outros.
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