O empresário Luciano Hang e as lojas Havan foram condenados a pagar R$ 85 milhões por assédio eleitoral. A decisão se deu a partir de uma ação do Ministério Público do Trabalho (MPT) por danos morais individuais e coletivos.
A condenação é referente aos episódios em que funcionários foram coagidos a votar no então candidato Jair Bolsonaro (PL), durante as eleições de outubro de 2018. Hang, que é fundador e proprietário da Havan, foi importante aliado e defensor de Bolsonaro na época.
De acordo com a ação do MPT, no período pré-eleitoral, o empresário teria realizado reuniões com os funcionários das lojas e pesquisas para saber a intenção de voto e que, a depender do resultado eleitoral, “poderia demitir 15 mil pessoas".
A condenação foi assinada pelo juiz Carlos Alberto Pereira de Castro, da 7ª Vara do Trabalho de Florianópolis do Tribunal Regional do Trabalho (TRT). Por se tratar de primeira instância, ainda cabe recurso e o empresário já afirmou que irá recorrer.
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Em nota, divulgada pelo g1, Hang negou as irregularidades mencionadas e chamou a decisão de “descabida e ideológica”.
“É um total absurdo. Inclusive, na época dos acontecimentos foram feitas diversas perícias nomeadas pela própria Justiça do Trabalho e nada ficou comprovado, não houve irregularidades. O juiz deveria seguir as provas, o que não fez, seguiu a sua própria ideologia. Mais uma vez o empresário sendo colocado como bandido”, afirmou Hang.
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