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Reprodução/YouTube/Jornalismo TV Cultura
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Durante as investigações, a Polícia Federal (PF) encontrou mensagens nos celulares do tenente-coronel Mauro Cid, ex-assessor de Jair Bolsonaro, e outros investigados que mostram que, pelo menos, seis oficiais-generais das Forças Armadas discutiram com o ex-presidente a edição de um decreto golpista para anular as eleições.

Os seis oficiais citados foram general Braga Netto (candidato a vice-presidente de Bolsonaro), general Estevam Theophilo (ex-chefe do Comando de Operações Terrestres), general Freire Gomes (ex-comandante do Exército), general Paulo Sérgio Nogueira (ex- ministro da Defesa), almirante Almir Garnier (ex-comandante da Marinha) e brigadeiro Baptista Júnior.

As informações coletadas foram usadas como prova para a realização da operação realizada nesta quinta (8), que mirou Bolsonaro e ex-ministros.

De acordo com a PF, os comandantes das Forças Armadas, com exceção de Baptista Júnior, participaram de uma reunião onde a minuta golpista foi apresentada por Filipe Martins, ex-assessor da presidência.

"ESTEVAM THEOPHILO se reuniu com o então Presidente JAIR BOLSONARO no Palácio do Alvorada e, de acordo com os diálogos encontrados no celular de MAURO CID, teria consentido com a adesão ao Golpe de Estado desde o que presidente assinasse a medida", disse a PF.

Uma das mensagens que mais chamaram atenção das autoridades foi de Cid para Freire Gomes. Ele afirmou que falaria com Theophilo sobre a minuta golpista.

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"O presidente tem recebido várias pressões para tomar uma medida mais, mais pesada onde ele vai, obviamente, utilizando as forças, né? Mas ele sabe, ele ainda continua com aquela ideia que ele saiu da última reunião, mas a pressão que ele recebe é de todo mundo. Ele está... É cara do agro. São alguns deputados, né? É né... Então é a pressão que ele ter recebido é muito grande", disse Cid em mensagem de voz encontrada pela PF.

"E hoje o que que ele fez hoje de manhã? Ele enxugou o decreto né? Aqueles considerandos que o senhor viu e enxugou o decreto, fez um decreto muito mais, é resumido, né? E o que ele comentou de falar com o General Theophilo? Na verdade, ele quer conversar", continuou Cid.

"Porque se não for, se a força não incendiar, é o status quo mantem aí como o que estava previsto, que estava sendo feito, que estava sendo levado nas reuniões em consideração, tá?", concluiu.

Sobre a operação

A PF deflagrou uma operação nesta quinta-feira (8) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Denominada de "Tempus Veritatis" – "hora da verdade", também tem como alvos ex-ministros e ex-assessores do político por tentarem dar um golpe de Estado no país e invalidar as eleições de 2022, em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) saiu vitorioso.

Ao todo, 33 mandados de busca e apreensão e quatro mandados de prisão preventiva são cumpridos. Há ainda medidas cautelares, como proibição de contatos entre os investigados e destituição de cargos públicos. Bolsonaro, por exemplo, é alvo de medidas restritivas e deve realizar a entrega do passaporte às autoridades em até 24 horas.

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Além de Martins, o coronel Marcelo Costa Câmara, ex-assessor de Bolsonaro, e o major do Exército Rafael Martins de Oliveira também foram presos.