Os Estados Unidos foram o único país dos 15 membros do Conselho de Segurança da ONU que rejeitaram uma resolução que responsabilizaria Israel pela tragédia que deixou 112 mortos e mais de 800 feridos, durante uma operação de entrega de ajuda humanitária à população palestina do norte da Faixa de Gaza. O documento foi discutido em uma reunião de emergência, a portas fechadas.
O presidente norte-americano, Joe Biden, alegou que a situação não está clara e precisa ser investigada.
Imagens gráficas mostram o momento em que 18 caminhões carregados com ajuda humanitária foram cercados por palestinos. Os mantimentos foram enviados por Catar, Emirados Árabes, Egito e Arábia Saudita e eram escoltados pelo exército israelense.
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Israel admitiu que os soldados atiraram com metralhadoras e tanques para dispersar a multidão. As vítimas, além de serem atingidas por tiros, na confusão, foram atropeladas pelos caminhões e pelos tanques. Testemunhas disseram que a situação só saiu do controle quando os soldados começaram a atirar.
Gaza, norte dos territórios palestinos, foi a primeira região a ser atacada por Israel, depois dos atentados terroristas do Hamas em 7 de setembro. A população está há cinco meses vivendo em condições precárias, desabrigada em meio a escombros, sem alimento e água potável.
A organização Médicos Sem Fronteiras falou que a comida é rara e que as pessoas estão se alimentando de ração animal.
Saiba mais sobre o tema na matéria que foi ao ar esta sexta-feira (1º) no Jornal da Tarde:
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