O diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, fez um apelo neste sábado (16) para que Israel desista de atacar a cidade de Rafah, no sul da Faixa de Gaza. A região possui mais de 1,2 milhão de palestinos.
Em uma rede social, Tedros Adhanom afirmou que a ação causaria “mais mortes e sofrimento”.
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“Estou seriamente preocupado com relatos de um plano israelense para prosseguir com um ataque terrestre a Rafah. Uma nova escalada da violência nesta área densamente povoada levaria a muito mais mortes e sofrimento, especialmente com as instalações de saúde já sobrecarregadas", escreveu.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, rejeitou nesta sexta-feira (15) uma nova proposta de cessar-fogo apresentada pelo grupo Hamas. Na contramão da sugestão, ele aprovou um plano de ofensiva à cidade de Rafah, onde estão milhares de palestinos.
O gabinete de Netanyahu, no entanto, não forneceu mais detalhes e nem estabeleceu uma data para o início da invasão.
Na noite da última quinta-feira (14), o grupo extremista enviou sua contraproposta aos mediadores do acordo. Os reféns seriam libertados em troca de prisioneiros palestinos e da retirada, em etapas, das tropas israelenses da Faixa de Gaza. O Hamas também já não fala em um cessar-fogo imediato e permanente.
A ofensiva à cidade de Rafah, aprovada pelo governo de Israel, deve impactar a metade da população de Gaza, que se deslocou com o início da guerra, e hoje se abriga em condições precárias no sul da região.
Netanyahu pretende ocupar toda a cidade temporariamente e, por isso, pediu o plano aos militares.
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