O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, voltou a ser preso nesta sexta-feira (22) por descumprimento de medidas judiciais e por obstrução de Justiça. A ordem foi dada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Cid foi preso após vazamento de áudios que mostram ele afirmando ter sido pressionado pela Polícia Federal durante os depoimentos. Nesses conteúdos, divulgados pela revista Veja, ele ataca Moraes.
Ele afirmou nos áudios que o ministro e os policiais federais estavam com uma “narrativa pronta” e não queriam ouvir a verdade.
Além disso, o advogado de Cid, Cezar Bittencourt, disse ao blog da Camila Bomfim que o conteúdo era um “desabafo”.
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“Mauro César Babosa Cid em nenhum momento coloca em xeque a independência, funcionalidade e honestidade da Polícia Federal, da Procuradoria-Geral da República ou do Supremo Tribunal Federal na condução dos inquéritos em que é investigado e colaborador, aliás, seus defensores não subscrevem o conteúdo de seus áudios”, afirmou.
Antes de ser levado a prisão, o militar foi ouvido por um juiz auxiliar de Moraes sobre o conteúdo dos áudios revelados pela revista. O depoimento durou cerca de 30 minutos.
Além disso, agentes da PF cumpriram mandado de busca e apreensão na residência do militar.
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