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Reprodução/Flickr/Palácio do Planalto
Reprodução/Flickr/Palácio do Planalto

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) passou dois dias na embaixada da Hungria em Brasília após ter o passaporte confiscado pela Polícia Federal (PF), durante o período do carnaval, numa aparente tentativa de obter refúgio e contornar uma ordem de prisão. A informação foi revelada na última segunda-feira (25) pelo jornal americano New York Times.

O tema foi debatido na última edição do Jornal da Cultura. Ao analisar o caso, a economista Juliana Inhasz afirmou que há muito mais a ser descoberto sobre essa ida de Bolsonaro a embaixada hungara.

“É uma história pitoresca. Dizer que ele estava fazendo contatos e tendo discussões sobre cenários econômicos em uma emenda de carnaval, por dois dias, não sei o quanto isso convence. Onde há fumaça, tem fogo. Tem muita coisa nessa história que precisa ser esclarecida”, disse Inhasz.

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O jornalista Wilson Moherdaui também analisou a situação e disse que, mais uma vez, Bolsonaro produziu provas contra ele mesmo. Dessa maneira, sua imagem vai se desgastando entre a ala militar.

“O Bolsonaro possui duas características que as Forças Armadas detestam e as fontes com que conversei enfatizaram isso: ele é covarde e traidor. E ele demonstrou a covardia quando não assumiu a derrota nas eleições e fugiu para Orlando. Agora, com medo de uma decretação de uma prisão, foi buscar abrigo na embaixada da Hungria, um país de extrema direita. E ele é considerado traidor pela sequência de traições ao longo da vida, como fez com general Santos Cruz, Bebiano, o Bivar e o Mauro Cid. E vai deixar o general Heleno e o Braga Neto”, afirmou Moherdaui.

Na visão do jornalista, a ida de Bolsonaro a embaixada foi para buscar asilo e deu elementos para a decretação de uma prisão preventiva.

“O Bolsonaro é uma espécie de militar de escola de samba. Coloca uma farda verde e sobe em carro alegórico. Não tem a menor noção”, finalizou.

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