A Polícia Federal (PF) prendeu nesta sexta-feira (31) dois homens suspeitos de ameaçar a família do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Uma das prisões aconteceu em São Paulo e a outra no Rio de Janeiro. Além disso, foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão nos mesmos locais.
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Foram detidos Raul Fonseca de Oliveira, fuzileiro naval, e Oliverino de Oliveira Junior - os dois devem passar por audiência de custódia ainda nesta sexta-feira.
Os suspeitos teriam enviado e-mails com ameaças a familiares de Moraes. A PF cumpriu as prisões a pedido da Procuradoria Geral da República (PGR). Os crimes que estão sendo apurados são: ameaça e perseguição, crime de "stalking".
O pedido da PGR, assinado por Paulo Gonet, reconheceu, a partir do conteúdo das mensagens, as "graves ameaças à família do ministro" e a "existência de provas suficientes da existência do crime".
“O conteúdo das mensagens, com referências a ‘comunismo’ e ‘antipatriotismo’, evidencia com clareza o intuito de, por meio das graves ameaças a familiares do ministro Alexandre de Moraes, restringir o livre exercício da função judiciária pelo magistrado do Supremo Tribunal Federal à frente das investigações relativas aos atos que culminaram na tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito em 8.1.2023”, diz o pedido.
“A gravidade das ameaças veiculadas, sua natureza violenta e os indícios de que há monitoramento da rotina das vítimas evidenciam, ainda, o perigo concreto de que a permanência dos investigados em liberdade põe em risco a garantia da ordem pública”, completa.
Os suspeitos ainda são investigados pelo crime de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
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