Fundação Padre Anchieta

Custeada por dotações orçamentárias legalmente estabelecidas e recursos próprios obtidos junto à iniciativa privada, a Fundação Padre Anchieta mantém uma emissora de televisão de sinal aberto, a TV Cultura; uma emissora de TV a cabo por assinatura, a TV Rá-Tim-Bum; e duas emissoras de rádio: a Cultura AM e a Cultura FM.

CENTRO PAULISTA DE RÁDIO E TV EDUCATIVAS

Rua Cenno Sbrighi, 378 - Caixa Postal 66.028 CEP 05036-900
São Paulo/SP - Tel: (11) 2182.3000

Televisão

Rádio

Freepik
Freepik

Reconhecidamente prejudicial à saúde humana, a poluição interfere também no sistema hormonal de meninas responsável pelo início da menstruação. Segundo diversos estudos internacionais, a exposição aos poluentes pode antecipar a menstruação nas meninas.

De acordo com Marcia Gaspar Nunes, ginecologista e coordenadora do ambulatório da ginecologia infanto-puberal da Unifesp, a poluição atua como uma gama chamada de desreguladores endócrinos. Substâncias que não são hormônios mas que ocupam os receptores de hormônios, tomando lugar dos receptores de estrogênio.

O eixo formado por regiões do cérebro e pelos ovários é afetado por compostos emitidos pelos carros e pela indústria, como o material particulado.

“Nós inalamos essas partículas e então elas são capazes de entrar nas regiões mais profundas do nosso pulmão, atravessar as barreiras levando esses contaminantes para dentro do nosso corpo e vão se dissipar e disseminar por todos os órgãos”, diz Mariana Veras, especialista em poluição e patologia ambiental da Fmusp.

A relação entre a poluição e puberdade precoce nas meninas tem sido apontada por trabalhos científicos feitos por todo o mundo. No Brasil, a média de idade da primeira menstruação, chamada de “menarca”, era de 12 anos e 3 meses nos anos 1970. Hoje, o índice caiu para 11 anos e 4 meses.

Leia também: STF determina que governo de SP cumpra regras do Ministério da Justiça sobre câmeras corporais da PM

A poluição é apenas um dos responsáveis pela tendência mundial da puberdade precoce em mulheres. O problema multifatorial inclui ainda desafios como a obesidade infantil e a presença de outros desreguladores endócrinos no nosso cotidiano: em alimentos industrializados, cosméticos, pesticidas, plástico e produtos de limpeza.

Algumas das consequências de puberdades precoces no público feminino são a redução da janela de fertilidade, já que a mulher tende a entrar na menopausa mais cedo; risco maior para cânceres de mama e ovário, pela exposição mais prolongada a hormônios, e também para diabetes tipo 2; e doenças cardiovasculares.

Para Mariana Veras, a melhor saída para o problema se dá na “elaboração de políticas públicas para transportes coletivos não poluentes”.

Saiba mais na matéria sobre o tema que foi ao ar esta segunda-feira (10) no Jornal da Cultura:

Leia também: Conselho de Segurança da ONU aprova resolução para cessar-fogo em Gaza