Por meio de uma nota enviada à imprensa nesta sexta-feira (12), a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) apontou que uma apuração interna identificou "delitos e graves desvios de conduta" durante a gestão do general Mauro Cesar Lourena Cid no escritório de representação em Miami, nos Estados Unidos.
O militar citado é pai de Mauro Cesar Barbosa Cid, tenente-coronel que também atuou como ajudante de ordens de Jair Messias Bolsonaro (PL).
A ApexBrasil também informou que enviou o caso à Justiça.
As investigações da agência que identificaram os supostos delitos - assim como "afastamento das funções" e "defesa de pautas golpistas" - são referentes ao caso das joias sauditas.
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Na ocasião, o ex-presidente da República teria tentado trazer - de forma ilegal - para o Brasil um conjunto de joias avaliado em € 3 milhões (equivalente a R$ 17,84 milhões na cotação atual) para a até então primeira-dama, Michelle Bolsonaro.
Atualmente, a lei prevê que a entrada de mercadorias classificadas como "pessoais" e com valor acima de US$ 1 mil no país precisa ser feita mediante ao pagamento do imposto de importação, que equivale a 50% do valor do produto. Quando um passageiro omite o item, há uma multa que consiste em um adicional de 50% de seu valor total.
Mais tarde, Bolsonaro confirmou ter incorporado parte dos presentes sauditas ao seu acervo pessoal.
Um mês após a chegada das joias ao Brasil, a Petrobras vendeu uma refinaria por US$ 1,8 bilhão (equivalente a R$ 9,44 bilhões na cotação atual) aos árabes.
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