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Reprodução/Instagram/@sostenescalvalcante
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Dois dias após a queda de sigilo de áudio, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) gravou um vídeo com o deputado federal Alexandre Ramagem (PL/RJ). A dupla divulgou a agenda pública na pré-campanha do ex-chefe da Abin para prefeitura do Rio de Janeiro.

Os dois estarão na capital carioca para “bater um papo” com a população. “Nesta próxima quinta-feira, dia 18, às 10h30, estarei, juntamente com o Ramagem, na praça Saenz Peña, na Tijuca, para bater um papo contigo sobre o nosso município. No dia seguinte, no mesmo horário, estaremos no calçadão de Campo Grande, também discutindo os nossos problemas, o nosso município do Rio de Janeiro. Compareça!”, disse Bolsonaro.


Há também agenda para o próximo sábado (20) em Niterói.

Entenda a gravação

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, retirou nesta segunda-feira (15) o sigilo de uma gravação feita pelo ex-diretor-geral da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), Alexandre Ramagem, em uma reunião com o então presidente Jair Bolsonaro (PL).

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No encontro, Bolsonaro afirma que vai acionar um dos chefes da Receita Federal para investigar os auditores do órgão que produziram relatórios indicando a prática de “rachadinha” no gabinete do filho, o senador Flávio Bolsonaro (PL - RJ).

Ramagem gravou a conversa no dia 25 de agosto de 2020. Além de Bolsonaro, também estavam na reunião o então ministro-chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), general Heleno, e duas advogadas Luciana Pires e Juliana Bierrenbach. Elas representam Flávio no inquérito que apura o desvio de salários de servidores ligados ao parlamentar quando ainda era deputado estadual pelo Rio de Janeiro.

A defesa de Flávio buscava ajuda da Agência Brasileira de Informações, um órgão de estado, para colher provas sobre um suposto esquema ilegal dentro da receita pra perseguir adversários políticos.

Ramagem, então, afirma que não poderia ajudar na demanda. Ele sugere que uma investigação que partisse do Gabinete de Segurança Institucional da presidência, responsável pela Abin, poderia trazer problemas ao núcleo duro do presidente.

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