O SUS registrou recorde de internações de bebês por doenças respiratórias em 2023. De acordo com o levantamento da Fiocruz, pneumonia, bronquite e bronquiolite causaram 152.951 internações, maior número dos últimos 15 anos.
“As crianças são mais suscetíveis pela variação de temperatura. Como elas ainda estão na formação de anticorpos, acabam entrando em contato com vírus e bactérias diferentes nas escolas, em festas, shopping e nas saídas que fazem com as famílias. Elas acabam não tendo todos os anticorpos e acabam desenvolvendo as doenças”, explica a pediatra Simone Borges da Silveira.
O estudo sugere que as mudanças climáticas acelera o aumento da hospitalização. Condições extremas levaram um aumento nos casos de doenças respiratórias, principalmente nas regiões sul e centro-oeste.
“Frio extremo, excesso de chuvas na região sul e as queimadas. A presença de poluentes atmosféricos na região centro-oeste leva a uma taxa maior de hospitalização de crianças com menos de um ano de idade por pneumonias e bronquites”, afirma Cristiano Boccolini, coordenador do Observa Infância.
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As mudanças climáticas também alteram a sazonalidade do vírus sincicial respiratório, que causa bronquiolite infantil. Antes, os casos só aconteciam entre março e agosto.
Boccolini reforça a importância de incorporação pelo SUS da vacina VSR, contra a bronquiolite. O imunizante já foi aprovado pela Anvisa no ano passado.
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