A Casa Branca expressou preocupação com a decisão do governo brasileiro de bloquear o acesso ao X (antigo Twitter). A informação foi divulgada pelo jornal The New York Post.
A medida, tomada após uma disputa com o proprietário Elon Musk sobre liberdade de expressão e moderação de conteúdo, foi vista como uma restrição à liberdade de informação.
“Quando se trata de mídia social, fomos muito claros ao dizer que achamos que as pessoas devem ter acesso a ela. É uma forma de liberdade de expressão”, disse a secretária de imprensa da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, em resposta a uma pergunta de briefing de imprensa da repórter Raquel Krähenbühl, da TV Globo do Brasil.
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O serviço está bloqueado no Brasil desde 30 de agosto, por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
O bloqueio foi imposto com uma multa diária de R$ 50 mil, aplicável inclusive pelo uso de redes privadas, como VPNs. Na semana passada, Moraes também ordenou o bloqueio das contas do X e da Starlink, ambas pertencentes ao bilionário Elon Musk, para garantir o pagamento de multas.
Musk, por sua vez, se recusou a atender às exigências, classificando a medida como antidemocrática,descrevendo o decreto como antidemocrático e chamando o juiz de “ditador” repressivo e “Darth Vader do Brasil”.
Já o Ministro Alexandre de Moraes, escreveu uma decisão em abril, enquanto sua briga com Musk se intensificava: “A mídia social não é uma terra de ninguém!”,
Segundo o jornal, a posição da Casa Branca, no entanto, gera questionamentos sobre a consistência da política americana em relação às redes sociais. Enquanto critica o bloqueio do X no Brasil, a administração Biden apoia a proibição do TikTok nos Estados Unidos, alegando riscos à segurança nacional. Essa medida contrasta com a defesa da liberdade de expressão no caso do X.
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