O governo da Argentina anunciou nesta quinta-feira (10) que cerca de 40 mil funcionários públicos terão que passar por um teste de aptidão. Os trabalhadores que forem reprovados serão demitidos de seus cargos.
O "exame de idoneidade" será on-line e obrigatório para os que têm contratos previstos até o dia 31 de dezembro.
A informação foi divulgada pelo porta-voz presidencial, Manuel Adorni.
"Será um requisito necessário, mas não suficiente. Depois, logicamente, vão definir a renovação ou não pelos parâmetros usuais de se a pessoa merece a renovação do contrato", disse Adorni.
Leia também: InfoGripe mostra aumento de casos de covid-19 entre idosos nas regiões Norte e Nordeste
Além disso, funcionários que possuem alguma deficiência não terão que passar pela avaliação em um primeiro momento. Isso porque, segundo Adorni, os sistemas precisam de adaptações adicionais.
A decisão acontece em meio a um encolhimento do Estado e ajuste fiscal promovido pela gestão do presidente, Javier Milei, desde que assumiu o cargo em dezembro de 2023.
O fim do Ministério da Mulher, a supressão de órgãos de combate à violência de gênero e de luta contra a discriminação, demissões em massa e a redução de obras públicas estão entre as medidas realizadas pelo atual governo argentino.
Segundo relatório apresentado no Congresso, até junho deste ano, foram 26.600 demissões de trabalhadores da administração do país e 2.700 contratações.
REDES SOCIAIS