A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) afirmou neste sábado (12) que vai intimar a Enel, distribuidora de energia elétrica em São Paulo, para apresentar justificativas para o novo apagão na cidade.

Segundo a Aneel, a resposta da Enel para garantir a retomada da energia na região está "aquém de suas obrigações com o nível de serviço desejado e com a expectativa de seus consumidores".

Leia mais: Mais de 1,4 milhão de clientes da Enel ainda estão sem energia após temporal em SP

Ainda segundo a nota da Agência, a proposta será analisada pela diretoria colegiada e caso a empresa não apresente “solução satisfatória e imediata da prestação do serviço” será instaurado processo de recomendação da caducidade da concessão junto ao Ministério de Minas e Energia (MME).

"É inadmissível, que após 1 ano, a população de São Paulo tenha que experimentar mais uma vez demora no restabelecimento do serviço e falta de comunicação da empresa com seus consumidores", disse a agência.

Consumidores sem energia

Mais de 1,4 milhão de clientes da Enel seguem sem luz após o temporal que atingiu o estado na noite desta sexta-feira (11).

Segundo a companhia, por volta das 20h de ontem, a forte chuva afetou o fornecimento a 2,1 milhões de clientes. Cerca de 500 mil já tiveram o serviço restabelecido.

O presidente da Enel Distribuição São Paulo, Guilherme Lencastre, disse neste sábado (12) que a companhia não tem prazo para retomada total do fornecimento de energia na Grande SP.

Segundo Lencastre, a companhia não quer colocar “expectativa” nos consumidores.

"Não é questão de não saber e não passar. E não quero colocar uma expectativa que seja frustrada. (...) A gente tem consciência do transtorno causado por eventos como esse e sabemos da nossa responsabilidade. Vamos trabalhar de forma incansável para reconectar todos os nossos clientes", declarou.

Em um comunicado divulgado na manhã deste sábado, a Enel afirmou que mais de 800 equipes estão trabalhando para a retomada da energia nos bairros afetados.

Ao todo, foram fornecidos 500 geradores para pontos considerados críticos. A companhia também afirmou que conta com dois helicópteros percorrendo locais de difícil acesso.