A degradação florestal na Amazônia Legal alcançou 20.238 quilômetros quadrados (km²) em setembro de 2024, um aumento alarmante de 1.402% em relação ao mesmo mês do ano anterior, quando foram registrados 1.347 km².
Este número representa a maior área afetada em um único mês nos últimos 15 anos, de acordo com o Instituto de Pesquisa Imazon. A degradação ambiental, um processo que pode ser provocado tanto por ações humanas quanto naturais, é preocupante, já que compromete a biodiversidade da região e pode afetar negativamente as populações tradicionais que dependem da floresta.
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Os dados são coletados a partir do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD), que monitora as mudanças na cobertura florestal por meio de imagens de satélite desde 2008. O desmatamento, que envolve a remoção total da vegetação, e a degradação, que resulta de queimadas e extração madeireira, ameaçam tanto a fauna quanto a flora locais.
Setembro deste ano também foi o quarto mês consecutivo com aumento nas áreas degradadas, contribuindo para um acumulado de 26.246 km² desde janeiro. O recorde anterior para o mesmo período era de 6.869 km², registrado em 2022. O estado do Pará foi o mais afetado, concentrando 57% da degradação, que saltou de 196 km² em setembro de 2023 para 11.558 km² em setembro de 2024. Os municípios paraenses de São Félix do Xingu, Ourilândia do Norte e Novo Progresso figuram entre os que mais degradam a região.
Outros estados também apresentaram números preocupantes, como Mato Grosso (25%), Rondônia (10%) e Amazonas (7%). Em Rondônia, a degradação aumentou 38 vezes, passando de 50 km² em setembro de 2023 para 1.907 km² no mesmo mês de 2024.
Entre as terras indígenas, a Kayapó continua sendo a mais afetada, com 3.438 km² degradados, representando 17% da degradação total na Amazônia em setembro.
O desmatamento também aumentou em setembro, totalizando 547 km², o que corresponde a uma perda diária de 1.823 campos de futebol de floresta. Este foi o quarto mês consecutivo de alta no desmatamento, revertendo uma tendência de 14 meses de redução. O Pará liderou o desmatamento, com 52% do total, seguido por Amazonas (16%) e Acre (15%). A maior parte do desmatamento ocorreu em áreas privadas ou sob diferentes estágios de posse (61%).
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