A 29ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 29) teve início nesta segunda-feira (11) em Baku, no Azerbaijão.
No discurso de abertura, Mukhtar Babaiev, presidente da COP e ministro da Ecologia do Azerbaijão, pediu mais comprometimento dos países: "Estamos a caminho da ruína. Não se tratam de problemas futuros. A mudança climática já está aqui. Precisamos muito mais de todos vocês. A COP 29 é um momento da verdade para o Acordo de Paris".
Neste ano, o encontro, que prossegue até o dia 22 de novembro, traz como tema central uma Nova Meta Quantificada Global de Finanças (NCQG, na sigla em inglês), buscando definir quem vai financiar o combate e a adaptação à crise climática.
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Em 2009, na COP 15 de Copenhague, um acordo estabeleceu que os países industrializados concederiam 100 bilhões de dólares por ano, em ajuda direta ou empréstimos multilaterais. No entanto, o fundo não está funcionando e cientistas dizem que esses valores não são mais suficientes. Especialistas afirmam que é necessária uma quantia pelo menos 10 vezes superior.
Por sua vez, Simon Stiell, secretário executivo da Convenção-Quadro da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre Mudanças Climáticas, lembrou que o financiamento não é "caridade, e sim do interesse de todos, incluindo as nações mais ricas e maiores".
Havia uma expectativa de que os Estados Unidos pudessem encabeçar esse movimento. Mas, agora, o cenário mudou com a eleição de Donald Trump, já que o republicano deixou claro que a agenda climática não será uma prioridade na gestão dele.
Em 2024, o evento realizado anualmente desde 1995 e que reúne governos do mundo inteiro, diplomatas, cientistas, membros da sociedade civil e diversas entidades privadas com o objetivo de debater e buscar soluções para a crise climática causada pelo homem, não contará com as presenças de diversas autoridades.
Entre eles, estão: o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Joe Biden, presidente dos EUA, o presidente Xi Jinping, da China, Olaf Scholz, primeiro-ministro da Alemanha, e o presidente francês Emmanuel Macron. Um dos poucos que marcam presença é o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer. O Brasil será representado pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, e pela ministra do Meio Ambiente Marina Silva.
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