O dólar abriu em alta nesta quarta-feira (18) e chegou a ser negociado a R$ 6,15 por volta das 10h20, avançando 0,86%. 

Na máxima do dia, alcançou R$ 6,1503, enquanto a cotação de fechamento na véspera foi de R$ 6,0956, um recorde nominal. A alta reflete o cenário interno e externo, marcado pelo avanço do pacote fiscal no Congresso Nacional, a reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) e mudanças na política de leilões do Tesouro Nacional.

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No Brasil, a Câmara dos Deputados aprovou, na noite de terça-feira (17), o primeiro projeto do pacote fiscal do governo federal. A proposta proíbe a ampliação de benefícios tributários em períodos de déficit primário, ativa gatilhos para conter gastos públicos e limita aumentos de despesas com pessoal. Outras medidas, como mudanças na regra do salário mínimo e no abono salarial, devem ser votadas ainda hoje.

A expectativa do governo é economizar R$ 70 bilhões entre 2025 e 2026, chegando a R$ 327 bilhões até 2030. No entanto, o mercado financeiro segue cético, avaliando que as medidas podem ser insuficientes para estabilizar a dívida pública no longo prazo.

Enquanto isso, o Tesouro Nacional cancelou o tradicional leilão de títulos públicos previsto para quinta-feira e, em seu lugar, realizará um certame de compra e venda de papéis já emitidos.

No cenário internacional, o Fed deve anunciar hoje a terceira alteração na taxa de juros deste ano. O mercado projeta um corte de 0,25 ponto percentual, levando os juros para um intervalo entre 4,25% e 4,5% ao ano. 

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