A primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, tem uma equipe de ao menos 12 pessoas à disposição dela. Isso é o que apontou uma reportagem do Estadão revelada na última quinta-feira (26).
De acordo com a publicação, o “time” de Janja custa cerca de R$ 160 mil mensais em salários por mês e seus integrantes já gastaram R$ 1,2 milhão em viagens desde 2023, quando teve início o mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Segundo a matéria, o grupo inclui assessora de imprensa, fotógrafos, especialistas em redes sociais e um militar como ajudante de ordens.
A Secretaria de Comunicação (Secom) da Presidência da República foi questionada pela reportagem e respondeu com os cargos formais de cada um dos profissionais.
“[Os servidores] compõem quadros de diferentes órgãos da Presidência da República e exercem suas funções de acordo com as atribuições fixadas na Lei nº. 14.600/2023″, destacou a organização.
A socióloga casada com o presidente da República tem uma sala própria no Palácio do Planalto. Michelle Bolsonaro e Marcela Temer também tinham salas similares no local, mas sem cargos formais.
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Entre os gastos citados, está a figura de Cláudio Adão dos Santos Souza, fotógrafo que acompanha a primeira-dama, inclusive nas viagens oficiais, registrando suas ações.
Até o momento, as viagens dele ao lado de Janja custaram ao menos R$ 182,3 mil, já que o valor não inclui os gastos com voos da Força Aérea Brasileira (FAB), que mantém os custos sob sigilo.
Além da própria equipe, Janja também viaja junto com uma segurança formada por policiais federais. Em Paris, na abertura das Olimpíadas, esse aparato era composto por oito policiais federais, entre agentes e delegados.
Em entrevista à CNN Brasil em novembro, referida na mesma reportagem, Janja atribuiu ao “machismo” o fato de negarem a ela uma equipe formal.
“A primeira-dama dos Estados Unidos tem um gabinete e outras diversas primeiras-damas têm. [...] Ontem mesmo, recebi uma carta da primeira-dama do Paraguai que, por um problema de saúde, não pode estar no G-20 com a gente e (foi enviado) da oficina da primeira-dama. Quer dizer, do gabinete da primeira-dama. Eu não posso nem colocar isso no papel”, argumentou.
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