A tentativa de prender o presidente deposto da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, terminou sem sucesso após seis horas de tumulto em frente à residência oficial.
A ordem de prisão foi emitida pela Justiça na última segunda-feira (30), devido à recusa de Yoon em depor sobre a tentativa fracassada de decretar lei marcial no dia 3 de dezembro — episódio que culminou em seu impeachment pelo Parlamento.
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A execução do mandado enfrentou forte resistência da guarda presidencial e de apoiadores do ex-presidente. Manifestantes declararam estar dispostos a impedir a prisão “mesmo ao custo de suas vidas”. A crise intensificou-se com acusações de obstrução de Justiça contra os comandantes da guarda presidencial, que barraram a ação de agentes do gabinete anticorrupção.
Embora afastado após o impeachment aprovado pela Assembleia Nacional, Yoon permanece tecnicamente como presidente até que o Tribunal Constitucional confirme a decisão, em um prazo de até seis meses. Durante esse período, ele mantém imunidade e direito à residência oficial sob proteção da equipe de segurança.
A tentativa de autogolpe por meio da declaração de lei marcial, em dezembro, foi amplamente rejeitada pela população e por aliados políticos. Cancelada poucas horas depois, a medida agravou a crise política e acelerou o processo de destituição. O gabinete anticorrupção ainda tem até segunda-feira (6) para tentar cumprir o mandado de prisão, que acusa Yoon de insurreição e abuso de poder.
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