Fundação Padre Anchieta

Custeada por dotações orçamentárias legalmente estabelecidas e recursos próprios obtidos junto à iniciativa privada, a Fundação Padre Anchieta mantém uma emissora de televisão de sinal aberto, a TV Cultura; uma emissora de TV a cabo por assinatura, a TV Rá-Tim-Bum; e duas emissoras de rádio: a Cultura AM e a Cultura FM.

CENTRO PAULISTA DE RÁDIO E TV EDUCATIVAS

Rua Cenno Sbrighi, 378 - Caixa Postal 66.028 CEP 05036-900
São Paulo/SP - Tel: (11) 2182.3000

Televisão

Rádio

Reprodução/ Unsplash
Reprodução/ Unsplash

A onda de calor que atinge o Brasil tem registrado temperaturas acima da média para este período do ano. Essa mudança representa um risco à saúde dos seres humanos, mas também dos animais domésticos, podendo levar à morte por hipertermia.

Bruno Divino Rocha, médico veterinário e presidente da Comissão Nacional de Estabelecimentos e Práticas Veterinárias do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), explica que cães e gatos não possuem glândulas de suor espalhadas por todo o corpo, como os humanos, mas apenas em regiões específicas. Por isso, sentem calor e são muito mais afetados por essa condição.

“A hipertermia ocorre quando a temperatura corporal atinge níveis que causam consequências graves para o funcionamento do organismo. Pode provocar convulsões, coma e até mesmo a morte”, esclarece.

Leia mais: IPVA 2025 SP: 2ª parcela ou cota única de carros com placa de final 2 vence nesta sexta (14)

O veterinário ressalta que este é um período que exige muito cuidado não só com cães e gatos, mas também com outros animais, como aves, peixes de aquário e roedores. Além disso, qualquer animal com pelagem sente o aumento da temperatura.

“De qualquer forma, eles vão sentir esse calor excessivo. É claro que animais de pelo curto levam uma pequena vantagem nesse ponto, mas se a pelagem for escura, especialmente preta, eles absorvem calor da mesma forma”, explica.

Sinais de alerta para os tutores

A principal forma dos animais dissiparem o calor e reduzirem a temperatura corporal é por meio da respiração. Por isso, é importante ficar atento a alguns sinais, como:

- Respiração rápida e ofegante

- Salivação excessiva

- Temperatura corporal elevada

- Cansaço excessivo

- Maior procura por água


Leia mais: Desemprego em 2024 atinge menores níveis em 14 estados, aponta IBGE

“Na hipertermia, pode haver um momento em que o animal tenha convulsões. Se, em uma situação de calor, ele estiver deitado, inconsciente, com salivação excessiva e até mesmo apresentando movimentos involuntários, isso indica um quadro grave. É essencial reduzir sua temperatura rapidamente para evitar o óbito”, alerta Bruno.

O veterinário também enfatiza que o momento certo para levar o animal ao hospital veterinário é quando os tutores percebem que ele, além de salivar muito, começa a cambalear, não responde aos chamados ou permanece deitado sem reação.

Prevenção e cuidados

Para prevenir esses casos e garantir a saúde do animal, é fundamental seguir três recomendações: disponibilizar sombra, proporcionar ventilação e oferecer água fresca à vontade, o tempo todo.

Leia mais: Com uma hora de atraso, Shakira faz público de São Paulo dançar com muitos hits e versatilidade

Se o pet tiver pelagem densa, for obeso ou estiver ofegante mesmo sem esforço, é essencial garantir um local com sombra e corrente de ar.

“Pode ser vento natural, ventilador ou ar-condicionado. Se optar pelo ar-condicionado, o ideal é usá-lo junto com um umidificador para evitar o ressecamento das vias respiratórias, que depois possa trazer alguma doença ao animal”, orienta.

Entre as medidas que ajudam a controlar casos de hipertermia, é recomendado baixar a temperatura do animal com um banho de água morna a fria, mas nunca gelada. Como cães e gatos possuem uma temperatura corporal naturalmente mais alta que a dos humanos, a água fria para nós será confortável para eles, ajudando a reduzir sua temperatura.

Leia mais: Mais de 50 indígenas são resgatados após embarcação naufragar no Amazonas

Raças mais afetadas

O veterinário destaca que, em casos de calor extremo e hipertermia, as raças braquicefálicas - aquelas com focinho curto e cabeça achatada - são as mais vulneráveis. Entre elas estão:

- Pug

- Shih Tzu

- Buldogue Francês

- Buldogue Inglês

- Pequinês

- Maltês

“As raças braquicefálicas são mais suscetíveis porque a regulação da temperatura corporal ocorre principalmente pela respiração. Geralmente sua traqueia é mais estreita e muitas vezes apresenta malformações que dificultam essa dissipação do calor”, explica Bruno.

Além dessa raça, cães de pelo longo e escuro também requerem atenção extra, pois absorvem mais calor.

Passeios têm horário certo?

Assim como os humanos, os animais também têm um horário ideal para brincar e passear no sol, com segurança. O recomendado é sair entre 6h e 9h da manhã e após às 17h30 e 18h da tarde.

Leia mais: Linha 1-Azul do Metrô terá operação diferenciada neste final de semana

“Passeio tem hora certa e também roupa certa. Mesmo com o sol baixo, o cimento e o asfalto podem estar quentes, por isso é ideal que os tutores coloquem um sapato para proteger as patas desses animais e evitar queimaduras nos coxins”, destaca o veterinário.

Outra recomendação importante é aplicar protetor solar específico para animais em regiões sem pelo, como o focinho, principalmente em pets de pele clara, pois são mais sensíveis à radiação solar.

Por fim, Bruno orienta que, em casos de emergência, os tutores podem acessar o site do CFMV, onde há uma aba para busca de profissionais veterinários por nome e localização.