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Fuad Noman, prefeito de Belo Horizonte, morre aos 77 anos

Internado há mais de 80 dias, político sofreu uma parada cardiorrespiratória na terça-feira (25)


26/03/2025 12h04

Fuad Noman (PSD), prefeito reeleito de Belo Horizonte, morreu aos 77 anos nesta quarta-feira (26). O político venceu a eleição em 2024, derrotando Bruno Engler (PL) no segundo turno por 53,73% dos votos válidos, contra 46,27%.

O vice-prefeito eleito Álvaro Damião (União Brasil), assume a prefeitura da capital mineira. Internado desde o dia 3 de janeiro para tratar um quadro de pneumonia e insuficiência respiratória no Hospital Mater Dei, na região centro-sul da capital mineira, ele deixa a esposa Mônica Drummond, dois filhos e quatro netos.

Trajetória

Fuad Jorge Noman Filho nasceu em Belo Horizonte, em 1947. Ele era escritor, economista e Doutor Honoris Causa pela Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes).

Ele ingressou no serviço público como funcionário de carreira do Banco Central do Brasil. Trabalhou no Tesouro Nacional, foi secretário-executivo da Casa Civil da Presidência da República no governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), diretor do Banco do Brasil e presidente da BrasilPrev. Também trabalhou como consultor do Fundo Monetário Internacional para o governo de Cabo Verde.

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Atuou no governo de Minas Gerais como secretário de Estado de Fazenda, secretário de Estado de Transporte e Obras Públicas, secretário Extraordinário da Copa do Mundo, presidente da Gasmig e secretário de Estado Extraordinário para a Coordenação de Investimentos.

Em 2017, foi nomeado por Alexandre Kalil, à época prefeito da capital mineira, como secretário municipal de Fazenda. No ano de 2020, disputou e venceu como vice do próprio Kalil a corrida para a prefeitura da cidade. Em 29 de março de 2022, tomou posse como prefeito após a renúncia de Kalil, que tentou se eleger como governador de Minas Gerais.

Histórico de internações

Nos últimos meses, Fuad foi hospitalizado diversas vezes. No fim de novembro de 2024, ficou internado cinco dias devido a dores nas pernas decorrentes do tratamento de um linfoma não Hodgkin (LNH), câncer com origem nas células do sistema linfático que pode se espalhar pelo corpo de maneira não ordenada.

Já em dezembro, voltou a ser hospitalizado para o tratamento de pneumonia e sinusite. Ele recebeu alta no dia 15, no entanto, quatro dias depois estava de volta ao hospital com um quadro de diarreia e desidratação. Noman chegou a ir à UTI por causa de um sangramento intestinal, mas foi liberado no dia 23.

Ainda em dezembro, realizou um exame que confirmou a remissão total do câncer. Em 3 de janeiro, dois dias depois de tomar posse como prefeito de Belo Horizonte de forma virtual por recomendação médica, voltou a ser internado. Dessa vez ele apresentava um quadro de insuficiência respiratória aguda.

De acordo com o boletim médico divulgado nas primeiras horas desta quarta-feira (26), ele estava em estado grave após sofrer uma parada cardiorrespiratória na noite de terça-feira (25). O político foi reanimado, mas evoluiu com choque cardiogênico – quando o coração não consegue manter a principal função: bombear o sangue para o pulmão e para o resto do corpo – necessitando de doses elevadas de drogas vasoativas e inotrópicas.

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