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Divulgação/Disney
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Estreia nesta semana aqui no Brasil 'Guardiões da Galáxia – Volume 3', filme que encerra a trilogia dos personagens no cinema. Para quem conhece o supergrupo desde sua origem nos quadrinhos, sua trajetória é curiosa: como assim, eles foram de meros coadjuvantes conhecidos como “Vingadores do futuro” a personagens interessantíssimos, com direito a brinquedos, videogames e atração turística em parques de diversão? Esta resposta pode ser contada em três atos.

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ATO 1: A CRIAÇÃO


O supergrupo interpla netário conhecido como Guardiões da Galáxia surgiu em 1969 nos quadrinhos da Marvel, cortesia de Arnold Drake e Gene Colan.

As histórias dos Guardiões da Galáxia se passavam em um possível futuro do universo Marvel e reuniam heróis de planetas diferentes: um herói de Plutão, outro de Júpiter, um vindo de fora da galáxia e apenas um terráqueo – o líder, claro. Vance Astro é um astronauta que ficou em animação suspensa por anos, assim como o Capitão América. Como se não bastasse este fato – e o de ele ser o líder do grupo -, Vance ainda passou a usar o escudo original do Capitão América em suas aventuras.

A princípio, os personagens não fizeram sucesso – tanto que a Marvel demorou cinco anos para os colocar nas HQs pela segunda vez. Mas suas aventuras cósmicas foram aparecendo aos poucos, com direitos a novos (e mais interessantes) personagens, viagens no tempo e até algumas interações com os Vingadores, carro-chefe da editora.


2: A RECRIAÇÃO


Se você achou o grupo original dos Guardiões não muito emocionante, não foi o único. Mas tudo mudou em 2008, quando os roteiristas Dan Abnett e Andy Lanning recriaram o conceito por trás do título.

Embora continue sendo uma equipe interplanetária (afinal, temos o “Galáxia” no título), os Guardiões passaram a ser um time que opera no presente. Com isso, a “lista de chamada” dos seus membros mudou completamente. Saíram de cenas os heróis quase perfeitinhos – típicos dos anos 60, quando foram criados – e entram... Bem, entra em cena um divertido grupo de desajustados, como você deve ter adivinhado se já assistiu a algum de seus filmes.

Entre outros, entram em cena o Senhor das Estrelas, Drax, Groot, Gamora e, claro, o carismático guaxinim cósmico Rocket Raccoon

As histórias ficam mais engraçadas e as falhas e dubiedades dos protagonistas, mais expostas. É possível se identificar e gostar deles, não apesar de seus defeitos, mas por causa deles. Mérito de Adnett e Lanning.


ATO 3: O CINEMA


E eis que vem o longa-metragem. James Gunn, até então desconhecido do grande público, acertou em cheio em tudo: no roteiro divertido, nos lindos efeitos especiais e até na trilha sonora, que catapultou as venda da música 'Hooked on a Feeling', versão do Blue Suede, antes mesmo de estrear – ou seja, no trailer.

E acertou na escolha do elenco, é importante dizer. Chris Pratt é um carismático Senhor das Estrelas (embora só ele mesmo se chame por este empolado codinome); o gigante Dave Bautista está hilário como Drax; Karen Gillian é uma ótima Nebula e por aí vai.

O que levou os Guardiões da Galáxia a mudarem tanto em tão pouco tempo, indo de só mais um grupinho de super-heróis a um dos grandes nomes do bem-sucedido Universo Cinematográfico Marvel? O talento e, especialmente, a coragem para mudar dos artistas por trás das obras. Mérito de Dan Abnett, Andy Lanning, James Gunn e companhia.

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