Com os protocolos contra a Covid-19 permitindo pouca ou nenhuma torcida em partidas dos mais diferentes esportes, as ligas, federações, confederações e clubes esportivos estão inovando para oferecer novos formatos de interação entre fãs e seus ídolos em todo o mundo
Na WWE, a luta livre americana, nasceu o ThunderDome no Amway Center, um cenário convencional no centro, com o ringue das lutas e uma plateia gratuita para fãs virtuais ao redor através de imensos telões. Para ter a chance de aparecer no WWE ThunderDome e assistir aos shows ao vivo, é só fazer um cadastro no site oficial e ter uma das melhores experiências que um fã de luta livre pode ter.
A visão do participante que assiste ao show no ThunderDome virtual é a mesma que qualquer um que assiste em casa, mas a parte especial é ter a imagem de sua câmera sendo transmitida em um dos telões que estão na área da plateia virtual.
O mais legal de tudo isso é que o ringue está nos Estados Unidos e a plateia pode estar em qualquer lugar do mundo!
Join fans from around the world live on TV!
— WWE (@WWE) February 24, 2021
Register now for your virtual seat in the #WWEThunderDome on #SmackDown! https://t.co/DJkxo7oaos pic.twitter.com/Pr4qTaEkF4
Outra experiência de plateia virtual similar acontece na NBA, onde uma parceria com a Microsoft permitiu que a organização do torneio de basquete insira mais de 300 fãs ao vivo em telões com mais de cinco metros em toda arquibancada do ginásio.
Todos os torcedores aparecem lado a lado, como em uma arquibancada, e os jogadores podem ver suas reações como se eles estivessem no ginásio.
O áudio dos fãs virtuais também é reproduzido na arena, dando incentivo para os jogadores que estão na quadra. Com os potentes alto-falantes dos ginásios, é como se a torcida realmente estivesse lá!
No esporte amador, é o livestreaming que está mantendo viva sua torcida.
Times amadores de diferentes escolas, faculdades e ligas de acesso estão usando a experiência da transmissão ao vivo para manter seus fãs e familiares interessados nas partidas e acompanhando os resultados ao vivo, sem sair de casa.
Na NFH, uma liga escolar, é possível acompanhar todas as partidas em um site disponibilizado pela liga. Cada escola tem um par de câmeras automatizadas montadas no meio-campo.
São câmeras sensíveis ao movimento e com algoritmos de inteligência artificial para reconhecer os movimentos e seguir a bola.
Não é cheia de recursos gráficos como em uma transmissão televisiva, mas é totalmente aceitável para acompanhar o jogo e acompanhar o desempenho dos times.
Uma opção segura e sem riscos para o vovô ou a vovó acompanhar seus netinhos em quadra em tempos de isolamento social.
João Ramirez é estrategista digital e especialista em livestreaming. Fez a 1ª transmissão ao vivo da história da Internet brasileira, em 1996, e está no Guinness Book of Records. Dirigiu milhares de programas ao vivo nos últimos 20 anos. É um estudioso da automação do audiovisual para os esportes.
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