Altobeli Silva é eliminado nos 3.000m com obstáculos e desabafa: “analisar se isso vale a pena”

Uma desclassficação rápida em uma Olimpíada frustra qualquer atleta. Não foi diferente com Altobeli Silva, do atletismo do Brasil. Após ser eliminado nos 3.000m com obstáculos, ele desabafou e questionou “se vale a pena” continuar na rotina de atleta sem conseguir os resultados esperados.

"Estou me sentindo muito mal, chateado, porque eu sei o quanto eu treinei, batalhei, abri mão, uma frustração muito grande. Quando você não treina, vai para festinha, dá migué, é uma coisa. Quando você abre mão de tudo isso, se isola, espera um resultado ótimo e acontece isso que aconteceu. Minha vontade é de chorar. Eu mereci classificar, porque eu treinei para cacete", disse Altobeli.

O corredor deu entrevista a equipe da SporTV logo depois da prova. Ele foi nono colocado de sua bateria, com 8:29.17, e 27º no geral. Os três primeiros de cada grupo passam de fase e os seis mais rápidos da classificação geral.

A frustração de Silva foi maior quando comparou este ciclo olímpico com o que ele fez para Rio 2016. Segundo ele, o treinamento foi maior nos últimos anos e o resultado foi pior.

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“Na Rio 2016 eu fui finalista, e não treinava o que eu treinava agora. Decepção muito grande. É analisar se isso vale a pena. Se desse certo fazer um camp, seria excelente, é uma ideia que fica para quem está vindo. É a minha visão. Sem entender que os caras mantêm o alto nível, o que eles fazem? Eu não estou nivelado com eles. Tem cara que chegou na minha frente que treina menos que eu. Merecia algo melhor pela minha dedicação. Me dedicando só nisso. Sábado, domingo, dormindo cedo. Se eu estou aqui, por que tenho que ser um perdedor?", desabafou.

Reclamações na concentração

No último sábado (24), Silva usou as redes sociais para reclamar do som alto vindo dos quartos de outros atletas na Vila Olímpica.

“Tô com estresse aqui galera, chego a estar tremendo de tanta raiva, tanto nervoso, aqui no Japão. Descansando, cansado, aí eu vejo uma barulheira aqui na porta do meu quarto, som de funk de atletas que treinam meio período. Eu tô treinando dois períodos, é por isso que eu tô no meu quarto, dormindo, descansando, respeitando a privacidade de cada um. É nessas horas que você vê quem é quem. Inclusive até atletas que eu achava que eram mais disciplinados. Eu tenho que falar isso aqui na rede social porque tem que ter consciência cara”, manifestou o atleta pelos storys do Instagram.