O Comitê Olímpico Brasileiro (COB) se manifestou na manhã desta terça-feira (30) e negou que haja uma denúncia de assédio sexual pendente da nadadora Ana Carolina Vieira em relação a membros da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA).
A atleta foi expulsa da delegação brasileira em Paris após um caso de indisciplina. Ela deixou a Vila Olímpica sem autorização e se envolveu em uma discussão por causa de uma troca na equipe do revezamento.
Nas redes sociais, a nadadora garantiu que não teve má conduta e que estava desamparada e também afirmou que houve assédio na seleção. No entanto, ela não especificou como ocorreu, nem quando. Ainda segundo Ana Carolina, todos os detalhes serão revelados com a ajuda de um advogado.
Em nota, o COB informou que depois da expulsão, Vieira conversou com a mãe, teve apoio do psicólogo da delegação e também teve acesso irrestrito a alimentação e hidratação antes de se dirigir ao aeroporto.
Leia também: Paris 2024: Bruna Takahashi é eliminada no simples do tênis de mesa
Paris 2024: João Chianca vence marroquino e avança para as quartas de final no surfe
Sobre a denúncia de assédio, o comitê disse que não se manifestará publicamente, por se tratar de um assunto sigiloso. No entanto, reforçou que não há nenhuma denúncia pendente referente a atletas ou membros do corpo técnico da CBDA.
Confira a íntegra da nota oficial do COB:
Durante o desligamento da nadadora Ana Carolina Vieira da delegação, a atuação do Comitê Olímpico do Brasil (COB) foi pautada, como de costume, pelo respeito, atenção e cuidado à atleta em razão do momento delicado pelo que ela passava.
Ao longo de todo o processo, Ana Carolina Vieira esteve acompanhada da Oficial de Salvaguarda e líder do Esporte Seguro da Missão brasileira em Paris, que lhe prestou apoio. A atleta falou com a mãe, com o psicólogo da delegação, arrumou suas malas e teve acesso irrestrito a alimentação e hidratação antes de se dirigir ao aeroporto.
Eventuais fatos que tenham sido objeto de denúncia por parte da atleta por meio dos canais de atendimento e apoio do COB não têm qualquer relação com o ocorrido nos Jogos Olímpicos de Paris. Portanto, não serão objeto de comentários por parte do Comitê Olímpico do Brasil, principalmente porque tais denúncias são sigilosas e dependem de averiguação da área de Compliance, que age com total autonomia em relação ao executivo do COB.
É possível informar, contudo, que não existem denúncias pendentes referentes a atletas ou membros do corpo técnico da natação vinculados à CBDA.
O COB reitera que o respeito entre todas as pessoas que atuam em suas Missões é um valor fundamental e norteador das nossas ações. Além disso, o COB acredita que o acolhimento e cuidado com todas as pessoas que integram a Missão, independentemente dos atos praticados e das sanções aplicadas, deve sempre ser assegurado.
REDES SOCIAIS