A boxeadora taiwanesa Lin Yu-ting garantiu ao menos uma medalha de bronze na Olimpíada de Paris após se classificar para as semifinais da categoria até 57kg feminino, neste domingo (4). Ela e a argelina Imane Khelif, que também está nas semifinais na categoria até 66kg, tiveram suas identidades de gênero questionadas na última semana.
Lin e Imane foram banidas do Mundial do ano passado pela Associação Internacional de Boxe (IBA). Elas foram reprovadas em testes de elegibilidade de gênero da entidade. Apesar disso, o Comitê Olímpico Internacional autorizou a participação das duas na Olimpíada de Paris.
Realizadora dos testes que geraram a polêmica, a IBA foi banida pelo COI em decorrência de falhas em quesitos de integridade e transparência na governança.
Lin Yu-ting passou pela búlgara Svetlana Staneva, por decisão unânime, na luta de hoje.
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Durante o combate, Svetlana não concordou com a decisão dos juízes. Ao sair do ringue, a lutadora fez uma cruz com os dedos e gritou "não".
Antes mesmo das duas entrarem no ringue, a Federação Búlgara de Boxe havia se manifestado contra a participação da taiwanesa na competição olímpica.
No último sábado (3), Thomas Bach, presidente do COI, criticou os ataques às duas boxeadoras.
“Estamos falando sobre boxe feminino e temos duas boxeadoras que nasceram como mulheres, foram criadas como mulheres, têm passaporte como mulheres e competiram por muitos anos como mulheres. Essa é a definição clara de uma mulher. Nunca houve dúvida sobre elas serem mulheres”, declarou.
Imane Khelif enfrenta Janjaem Suwannaphum, da Tailândia, nas semifinais, nesta terça-feira (6). Lin Yu-ting encara a turca Esra Yildiz Kahraman na quarta-feira (7), em busca da final.
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