Lula decidiu atrasar a apresentação da PEC da Transição junto à Comissão Mista do Orçamento. A apresentação dos itens e valores da PEC estava prevista para esta terça-feira (8), mas foi adiada para quarta-feira (9).
A ideia é que o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, e o senador eleito Wellington Dias, emissário da equipe na Comissão do Orçamento, tenham tempo para consultar o presidente da Câmara, Arthur Lira, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco e os líderes de bancadas do Congresso, antes de repassar a proposta aos integrantes da comissão.
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Lula busca envolver mais o Congresso na discussão para transmitir a mensagem de que o futuro governo substituirá o modelo de confronto pelo modelo de diálogo, segundo interlocutores. Alckmin e Dias terão conversas com os presidentes das Casas ao longo desta terça e devem fechar a proposta no final do dia.
Os aliados do presidente eleito calculam que o petista precisará gastar cerca de R$ 175 bilhões para que Lula consiga cumprir com os compromissos de campanha. O valor extrapolaria o teto de gastos e, por esta razão, precisa ser aprovado em uma PEC.
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A lista do novo governo inclui 11 itens, como o Bolsa Família de R$ 600, além de uma parcela de R$ 150 por criança de até seis anos; aumento do salário mínimo em 1,4% acima da inflação; recomposição dos orçamentos do Farmácia Popular, merenda estudantil, creches, Minha Casa Minha Vida e a retomada de obras de infraestrutura.
Além da PEC de Transição, a equipe de Lula debate outros dois modos de viabilizar as promessas. O primeiro é a adoção de um crédito suplementar, através de uma Medida Provisória editada no futuro governo. O outro é o remanejamento do orçamento federal, que incluiria a destinação de emendas do relator para custear as políticas sociais propostas.
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