Eleições 2024: debate é marcado por provocações, cadeirada e poucas propostas para São Paulo
Promovido pela TV Cultura, evento contou com a presença de seis candidatos; veja como foi
16/09/2024 11h27
A TV Cultura promoveu um debate com candidatos à Prefeitura de São Paulo neste domingo (15).
Diretamente do Teatro B32, em São Paulo, participaram: Guilherme Boulos (PSOL), José Luiz Datena (PSDB), Marina Helena (Novo), Pablo Marçal (PRTB), Ricardo Nunes (MDB) e Tabata Amaral (PSB).
Apesar de regras terem sido estabelecidas previamente com as campanhas, uma agressão foi registrada durante o quarto bloco, no momento em que Datena agrediu Marçal com uma cadeira. O caso ocorreu quando o ex-coach voltou a provocar o apresentador sobre uma acusação de assédio sexual, que foi um dos temas do primeiro bloco do programa.
Confira o momento:
Como foi o debate?
As propostas para a cidade ficaram, mais uma vez, em segundo plano, ficando restritas a alguns momentos do debate, principalmente ao primeiro bloco, quando o mediador Leão Serva fez perguntas a cada participante em uma ordem definida por sorteio.
Neste momento, Tabata Amaral falou sobre habitação, Marina Helena sobre segurança pública, José Luiz Datena sobre mobilidade, Guilherme Boulos sobre educação, Ricardo Nunes sobre saúde pública e Pablo Marçal sobre urbanismo.
No entanto, não demorou muito para que as provocações ganhassem lugar. A tensão entre Datena e Marçal teve início no segundo bloco. Sorteado para questionar o adversário, o apresentador abriu mão da pergunta justificando que o adversário "subverteu" os outros eventos ao não responder perguntas e encaminhar seus eleitores para suas redes sociais.
Após o episódio lamentável, o baixo nível se manteve, e o atual prefeito questionou se Boulos havia cheirado, sendo esta uma menção à insinuação de Marçal, sem provas, de que ele era viciado em cocaína. "Você cheirou?", perguntou Nunes após o candidato do PSOL ter afirmado que ele "está sendo investigado (...) pela Polícia Federal".
Nunes então, atacou: "Nunca tive nenhuma condenação, [tenho] uma vida limpa, tenho orgulho de ter vindo da periferia de São Paulo. Estou batendo o recorde de investimento na cidade de São Paulo. Agora vem você, um invasor, um cara que foi conduzido três vezes pela polícia, um cara que tem as mãos sujas, que vendeu sonhos para as pessoas e que não entregou. Vem falar da minha conduta, da minha reputação", concluiu.
Em direito de resposta, Boulos abordou sua atuação no movimento de moradia MTST e disse que não está na política para “ganhar dinheiro”.
Leia também: Roda Viva recebe a cientista política Maria Hermínia Tavares nesta segunda-feira (16)
Assista ao debate:
REDES SOCIAIS