Sob a liderança do presidente Javier Milei, o governo argentino apresentou, na segunda-feira (17), um projeto de lei que visa criminalizar as torcidas organizadas de futebol, conhecidas como "barra bravas" (os hooligans argentinos).
A ministra da Segurança, Patricia Bullrich, foi responsável por divulgar a iniciativa, que pretende classificar essas torcidas como associações ilícitas e prevê penas de cinco a 20 anos de prisão para seus integrantes. O projeto será debatido no Congresso.
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A proposta surge como resposta aos confrontos ocorridos durante um protesto de aposentados em Buenos Aires, na semana passada, quando torcedores organizados expressaram apoio ao grupo, resultando em feridos e detenções. Uma nova manifestação está marcada para esta quarta-feira (19).
Para ampliar o combate a essas organizações, a chamada “Lei Antibarras” também prevê a responsabilização de dirigentes de clubes que colaborarem com as torcidas organizadas. Além disso, propõe a proibição de entrada em estádios para pessoas acusadas de envolvimento em atos de violência. Bullrich afirmou que o fornecimento de ônibus para as torcidas ou qualquer tipo de apoio financeiro a elas será enquadrado como colaboração criminosa.
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Na terça-feira (18), o Ministério da Segurança Nacional da Argentina solicitou ao Ministério Público a prisão de 29 torcedores suspeitos de cometer violência durante o protesto dos aposentados.
Em um vídeo publicado na rede social 'X', a ministra expôs os rostos dos suspeitos e afirmou que eles “atacaram o Congresso e nossas forças com paus, pedras e armas”. Ela também anunciou uma recompensa de 10 milhões de pesos argentinos (cerca de R$ 53 mil) para quem fornecer informações sobre os “criminosos violentos”.
Marcha o violencia: no es lo mismo. Recompensa para quien denuncie a los violentos. Llamá al 134. pic.twitter.com/NXS0BGlxXR
— Patricia Bullrich (@PatoBullrich) March 19, 2025
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