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Os secretários estaduais de Saúde querem que o governo federal compre a primeira vacina contra a Covid-19 que ficar pronta e for aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O pedido foi feito depois que o Ministério da Saúde divulgou um calendário de vacinação ignorando o imunizante chinês que está sendo desenvolvido em São Paulo.

O governador João Doria (PSDB) comentou a decisão durante o início da testagem de alunos e profissionais de educação da rede estadual paulista. 

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"Entendemos que a vacina não pode estar contaminada por nenhum processo de ordem eleitoral, ideológico, partidário ou eleitoral. [...] E, para salvar vidas, São Paulo utilizará todos os recursos necessários. Primeiro no entendimento... no diálogo republicano com o Ministério da Saúde e com a Anvisa, tecnicamente. Mas se isto não ocorrer, saberemos como utilizar mecanismos outros para fazer valer a vacina para os brasileiros, pelo menos os que vivem em São Paulo."

Os resultados da terceira fase dos testes clínicos da vacina desenvolvida pelo Instituto Butantan, em parceria com a Sinovac, serão enviados na próxima segunda-feira (19) para a Anvisa. Foram encomendadas 100 milhões de doses, sendo que 6 milhões devem chegar em novembro e mais 40 milhões em dezembro. 

O governo paulista quer incluir o imunizante no Programa Nacional de Imunização, mas ela foi ignorada pelo Ministério da Saúde, que divulgou um cronograma considerando apenas a vacina da Astrazeneca e da Universidade de Oxford.

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"Uma vacina não dará conta de nós imunizarmos os brasileiros. Portanto, quanto mais vacinas de qualidade técnica, científica... nós poderemos voltar aí, sim, ao nosso normal, impedindo perdas de tantas vidas", afirmou o secretário estadual da Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn.

O Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass) também manifestou preocupação com o alcance da campanha com apenas uma vacina e enviou uma carta ao ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, pedindo que o governo inclua outras opções no plano. 

No documento, o Conass pede ao Ministério da Saúde que incorpore no Programa Nacional de Imunização a vacina produzida pelo Instituto Butantan em parceria com a Sinovac, além de quaisquer outras produzidas e testadas por diferentes indústrias, que tenham eficácia, segurança e produção disponível para iniciar a vacinação em janeiro do ano que vem ou o mais rápido possível.

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"Não descartamos nenhuma possibilidade", afirmou Elcio Franco, secretário executivo do Ministério da Saúde. "Não envidaremos esforços na obtenção de uma vacina, a que fique pronta antes, que seja segura, eficaz e que tenha quantidade para ser inserida no Programa Nacional de Imunização."

Para o diretor da Sociedade Brasileira de Imunização, Renato Kfouri, o debate político pode contaminar a campanha de vacinação. 

"As discussões científicas vão trazer mais benefícios para a população. Quando nós tivermos, realmente, vacinas que forem seguras e uma comunicação clara com a população, nós vamos ter maior adesão. [...] As pessoas podem desconfiar, ter inseguranças, não ter confiança naquela vacina que tá sendo promovida pelo Programa Nacional de Imunização, seja estadual, seja federal", afirmou.