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Flickr/Governo de São Paulo
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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) desautorizou a fala do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, que havia divulgado um acordo pela compra de 46 milhões de doses da vacina Coronavac, desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan

Nas redes sociais, uma seguidora pediu ao presidente que exonerasse o ministro. "Bom dia, presidente. Exonera Pazuello urgente, ele está sendo cabo eleitoral do Doria. Ministro traíra", escreveu a internauta. Em resposta, Bolsonaro afirmou que "tudo será esclarecido" e que o governo não comprará a vacina chinesa. 

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O anúncio do Ministério da Saúde foi feito nesta terça-feira (20), durante reunião entre os governadores e Pazuello. Esse é o terceiro imunizante contra a Covid-19 comprado pelo governo federal. 

O acordo prevê a aquisição de 46 milhões de doses da vacina, sendo que 6 milhões virão prontas da China e 40 milhões serão finalizadas no Brasil, segundo o Butantan. Para isso, um crédito orçamentário de quase R$ 2 bilhões será disponibilizado, além de um investimento de R$ 80 milhões para ampliação da estrutura do instituto.

Além do Ministério da Saúde, governadores também confirmaram o acordo com o governo federal. 

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"A aprovação feita hoje pelo ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, da vacina do Butantan, a vacina contra a Covid-19 foi uma vitória da vida, uma vitória da solidariedade", afirmou o governador de São Paulo, João Doria (PSDB).

"Tivemos a confirmação do ministro Pazuello, autoridade designada pelo presidente da República para coordenar, tratar e garantir as condições dos recursos para compra pelo SUS de toda vacina necessária, daquela primeira que estiver pronta", declarou Wellington Dias (PT), governador do Piauí. 

Coronavac

A vacina está na fase três de testes. Na última segunda-feira (19), o Instituto Butantan anunciou a conclusão de um estudo sobre a segurança do imunizante. Entre 9 mil voluntários, 35% apresentaram algum tipo de efeito colateral, todos leves, como dor no local da aplicação e dor de cabeça. Porém, ainda falta analisar a eficácia da vacina. 

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O governo federal já havia anunciado na semana passada acordos que garantiam a compra de outros imunizantes. O desenvolvido pela Astrazeneca em parceria com a Universidade de Oxford e o da Covax, um consórcio global coordenado pela Organização Mundial da Saúde (OMS)

Agora, com as três vacinas, o Ministério da Saúde espera, no primeiro semestre de 2021, disponibilizar 186 milhões de doses (100 milhões da vacina de Oxford, 40 milhões da vacina da Covax e 46 milhões da Coronavac), que serão distribuídas para todo o País.

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Como as vacinas de Oxford e a Coronavac estão em fase adiantada de produção, a previsão, segundo o Ministério da Saúde, é de que a vacinação comece em janeiro do ano que vem, mas isso ainda depende da liberação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). 

Para a professora  Cristiana Toscano, da Universidade Federal de Goiás (UFG), os acordos assinados dão alternativas de imunizantes para o País. 

"Eu acho que nós podemos ser otimistas com cautela, lembrando que os estudos de fase três de avaliação de eficácia são longos. [...] Um prazo realista, mas ainda assim otimista, caso seja possível essa avaliação preliminar de eficácia em dezembro, seria final de fevereiro e início de março para que a vacina seja disponibilizada para toda a população através do Programa Nacional de Imunização", explicou.