Na manhã desta quarta-feira (2), a Polícia Federal (PF) deflagrou a quarta fase da Operação Sangria contra a alta cúpula do governo do Amazonas por desvios na Saúde. Os policiais foram à residência e ao gabinete do governador Wilson Lima (PSC) para cumprir mandados de busca e apreensão. O secretário estadual de Saúde Marcellus Câmpelo é alvo de um mandado de prisão, mas não foi localizado.
São investigadas supostas irregularidades na construção do hospital de Campanha Nilton Lins, em Manaus, alugado pelo estado para o combate à Covid-19
A ação da PF cumpre ao todo 25 mandados judiciais expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). São 19 mandados de busca e apreensão e 6 de prisão temporária cumpridos nas cidades de Manaus (AM) e Porto Alegre (RS), além de sequestro de bens e valores, que, somados, alcançam a quantia de R$ 22.837.552,24.
Segundo as investigações, há indícios de que funcionários do alto escalão da Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas realizaram contratação fraudulenta para favorecer grupo de empresários locais, sob orientação da cúpula do governo do estado, do hospital de campanha.
"De acordo com os elementos de prova, ele não atende às necessidades básicas de assistência à população atingida pela pandemia Covid-19, bem como coloca em risco de contaminação os pacientes e os funcionários da unidade", diz a PF em nota.
As autoridades afirmam ainda que, contratos das áreas de conservação e limpeza, lavanderia hospitalar e diagnóstico por imagem, todos os três firmados em janeiro de 2021 com o governo do Amazonas, cujos serviços são prestados em apoio ao hospital de campanha, contêm indícios de montagem e direcionamento de procedimento licitatório, prática de sobrepreço e não prestação de serviços contratados.
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