As emissões globais de gases do efeito estufa caíram com a pandemia em 2020. Contudo, isso não foi suficiente para impedir o acúmulo na atmosfera.
A concentração de dióxido de carbono na atmosfera chegou ao pico em maio. Cientistas do Observatório de Mauna Loa, Havaí, registraram média mensal de 418,92 partes por milhão, nível mais alto desde o início das medições, há 63 anos.
Mesmo com a queda de 5,8% nas emissões, por conta da diminuição da atividade econômica, a humanidade mandou mais 30 milhões de toneladas de dióxido de carbono para a atmosfera em 2020, resultado da geração de energia, queima de combustíveis fósseis e desmatamento de florestas.
Os países ainda estão longe de controlar emissões que causam o aquecimento do planeta. Parte do dióxido de carbono é absorvido pelas árvores e oceanos, que não dão conta da grande quantidade. Outra parte permanece na atmosfera por milhares de anos, retendo o calor que escaparia para o espaço.
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"Os impactos das mudanças globais são enormes", alerta Paulo Artaxo, professor de Física Aplicada da USP. "O Brasil está passando por uma das maiores estiagens da sua história ao mesmo tempo que, em Manaus, estamos observando que 2021 é o ano da maior cheia na Amazônia dos últimos 100 anos", exemplifica.
"Os governos precisam começar a pensar mais nos interesses da população em si e dos setores econômicos para dar uma maior resiliência em relação, por exemplo, à questão climática, porque é óbvio que isso só vai se intensificar ao longo das próximas décadas", completa.
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Confira reportagem do Jornal da Tarde:
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