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Montagem: Instagram Companhia das Letras e Sérgio Camargo
Montagem: Instagram Companhia das Letras e Sérgio Camargo

A editora Companhia das Letras e a editora Zahar prestaram solidariedade ao neurocientista norte-americano Carl Hart após ataques do presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo. Hart foi chamado de “viciado” depois de dar uma entrevista à Folha de S. Paulo sobre o livro “Drogas para adultos”, escrito por ele e que sairá no Brasil pela Zahar nesta sexta-feira (25). A obra discute o tema da liberação e do uso destas substâncias.

“Alguma dúvida de que o negro que a Folha escalou para defender a liberação das drogas é um viciado, não um neurocientista? Não tenho dúvida alguma! Parem de usar negros para defender o que não presta! É um insulto aos negros e acirra o preconceito racial” escreveu Camargo em sua conta oficial do Twitter acompanhado de duas fotos do cientista.

Reprodução/Twitter Sérgio Camargo


Em ato de solidariedade, as editoras publicaram nas redes sociais uma manifestação de apoio ao neurocientista pelo “ataque difamatório e negacionista” sofrido por ele.

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“Carl Hart é um dos mais respeitados especialistas da atualidade nos efeitos das drogas e seu trabalho é reconhecido mundialmente. É incansável também no questionamento da relação que habitualmente se faz entre consumo de drogas e criminalidade, um flagelo que só contribui para que o ciclo de discriminação racial, marginalização e mortes se perpetue. Repudiamos a campanha de Sérgio Camargo contra lideranças negras e a cultura brasileira em geral e reforçamos que, assim como Carl Hart, estamos ao lado da ciência, da pluralidade e da liberdade”, diz o comunicado das editoras.

Reprodução/Twitter Zahar


Depois de insinuar que Hart seria um dependente químico com base em duas fotos e afirmar que ele não seria um neurocientista, Camargo se retratou, mas voltou a criticar o autor de “Drogas para adultos”. “Correção: ele é, de fato, professor universitário. Mas sua pregação em favor das drogas é criminosa e o estilo de vida, deplorável”, declarou.

Reprodução/Twitter Sérgio Camargo


Sérgio Camargo acumula polêmicas à frente da presidência da Fundação Palmares. Dentre outras coisas chamou o movimento negro de “escória maldita” e excluiu pessoas como Elza Soares, Martinho da Vila, Milton Nascimento e Gilberto Gil da lista das Personalidades Negras da Fundação Palmares, transformando-a em uma homenagem póstuma.

Recentemente, Camargo decidiu pela exclusão de mais de 400 obras de viés de esquerda do acervo da fundação.