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Foto: Miguel Rocha
Foto: Miguel Rocha

Ocorrido por volta do ano 72 d.C, o cerco de Massada é uma das tragédias mais emblemáticas e enigmáticas da história da humanidade. O acontecimento, que demandou um imenso trabalho de arqueólogos e historiadores, trata da preferência do povo judeu perseguido pelo império romano em tirar a própria vida a sofrer nas mãos de seus perseguidores, que cercaram a fortaleza onde eles se refugiavam. No romance “Massada”, lançado pela editora Buzz, o autor Marcos Meier coloca em prática um estudo que levou cerca de 20 anos para entender todos os pormenores do fato histórico.

O livro tem como protagonista a jovem “Hadassa”, uma jovem filha de um sacerdote judeu à frente do seu tempo que tenta superar os costumes patriarcais da época. Por causa da perseguição romana, ela também é obrigada a buscar refúgio na fortaleza de Massada.

“O sonho da vida dela é tomar as próprias decisões e não ser mandada pelos homens. Naquela época as mulheres eram obrigadas a servir aos pais e depois ao marido. Hadassa não tem voz nem poder de decisão. A mensagem principal do livro é a luta feminina dessa moça por ser ouvida e considerada”, revela Meier.

A perseguição romana sobre os judeus

Um dos pontos centrais da obra é a repressão romana para com os judeus. Em entrevista ao site da Cultura, o autor, que passou por um extenso período de pesquisa, explica que a perseguição se deu depois da tomada de Jerusalém pelo império romano. Segundo ele, grupos como os zelotes e os sicários resistiram a acordos firmados entre os conquistadores e governantes de Jerusalém à época, e formaram guerrilhas responsáveis por tirar a vida de vários soldados do império em expansão.

“Os romanos decidiram exterminar esses grupos guerrilheiros. No entanto, eles não conseguiam diferenciar quem era um sicário, por exemplo, e quem era o judeu comum. Para acabar com as guerrilhas, o império acabou com comunidades inteiras. Confundiram todo mundo. No livro, é por isso que a protagonista Hadassa busca refúgio em Massada junto da família”, comenta.

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Marcos Meier é psicólogo de formação e passou por uma jornada de cerca de 20 anos para se aprofundar e se ambientar à trama. Primeiro, resolveu aprender como estruturar uma narrativa para elaborar um romance. Depois de estudar técnicas de roteiro, o desafio foi compreender com detalhes quais eram os costumes da época. Para isso, além das pesquisas regulares, contou com a ajuda de amigos especializados na questão.

“Peguei o texto que já estava pronto e mandei para 20 amigos judeus e historiadores para avaliarem a história. Eles me disseram como eu podia melhorar e eu inclui alguns detalhes sobre os costumes daquele povo”, conta.

Meier completa dizendo que, “nas nossas vidas, não podemos baixar a cabeça contra coisas negativas que nos acontecem. Vamos lutar para que “Massada” nunca seja necessário. Pelo contrário, nós sempre podemos lutar porque sempre há uma saída.”

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