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Reprodução/Flickr Senado
Reprodução/Flickr Senado

Nesta quarta-feira (14), a CPI da Covid ouve dois representantes da Precisa Medicamentos, empresa  que intermediou o contrato do Ministério da Saúde para aquisição da Covaxin, vacina contra a Covid-19 produzida pelo laboratório indiano Bharat Biotech. 

Emanuela Medrades, diretora da empresa, e Francisco Maximiano, sócio-presidente da Precisa, são considerados "peças-chave" nas negociações. Os depoimentos estão marcados para começar às 9h.

O primeiro depoimento será o de Emanuela Medrades. A participação dela seria na terça-feira (13), mas foi remarcada para esta quarta após a diretora ter se recusado a responder perguntas formuladas pelos senadores, diante ao habeas corpus concedido pelo ministro Luiz Fux, do STF (Supremo Tribunal Federal). 

Isso levou a CPI a pedir ao tribunal explicação sobre o alcance da decisão e o depoimento de Emanuela acabou não ocorrendo na data prevista. O presidente da comissão, senador Omar Aziz (PSD-AM), atendeu ao pedido de adiamento feito pela diretora da Precisa, que alegou estar "exausta".

Na sequência, também nesta quarta, será ouvido Francisco Maximiano. Inicialmente, o depoimento foi marcado para 23 de junho, mas foi reagendado para 1º de julho após o empresário ter comunicado à CPI que estava em quarentena por ter ido à Índia.

Entretanto, o depoimento também foi desmarcado pela CPI, desta vez porque a ministra Rosa Weber, do STF, autorizou Maximiano a permanecer em silêncio e a não responder às perguntas dos senadores. Na terça, o empresário foi convocado para prestar depoimento nesta quarta.

Quem pediu a convocação de Maximiano e de Medrades foi o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE). “Para que seja possível esclarecer os exatos termos das tratativas entre a Precisa Medicamentos e o Ministério da Saúde para aquisição da Covaxin, apurando-se eventual beneficiamento ilícito, são necessárias as oitivas", afirmou.

A pedido de Alessandro e do vice-presidente da CPI, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), a comissão aprovou a quebra de sigilo telefônico, telemático, fiscal e bancário de Maximiano. Também foi quebrado o sigilo telefônico e telemático de Medrades e foi aprovado o pedido para que a Polícia Federal compartilhe com a comissão o depoimento da diretora ocorrido na segunda-feira (12). A CPI já recebeu a maior parte desses documentos.

A Precisa Medicamentos virou alvo da CPI após Luis Ricardo Miranda, servidor do Ministério da Saúde, ter relatado indícios de irregularidades no contrato para compra de 20 milhões de doses da Covaxin no valor de R$ 1,6 bilhão.

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