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Pablo Valadares/Câmara dos Deputados
Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

Dona Matildes Silveira, mãe do deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ), escreveu, no último dia 11, uma carta de próprio punho para o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, na qual ela se desculpou pelas ofensas proferidas pelo filho contra o magistrado e à Corte e pediu sua liberdade. O documento foi encaminhado ao magistrado pela defesa de Silveira na última quarta-feira (14).

Silveira é réu no Supremo e está preso desde 24 de junho por violar o uso da tornozeleira eletrônica. Ele foi preso pela primeira vez em fevereiro deste ano, após publicar vídeos nas redes sociais com ataques aos ministros do STF, com especial destaque a Edson Fachin, e fazer apologias ao AI-5 (Ato Institucional número 5), o mais duro da ditadura militar. 

De acordo com o jornal Valor Econômico, na carta, Matildes Silveira ressalta que a atitude do filho é “digna de repúdio e em nada contribui para um debate democrático e respeitoso”. Ela ainda exalta o STF por ser “a última barreira entre a justiça e a injustiça”.

Matildes também fala da criação de Silveira, que, segundo ela, teve muito “amor, carinho e educação” e que “a falta de urbanidade, o desrespeito e a deselegância (com que tratou os ministros e a democracia) não condizem com os ensinamentos familiares que foram passados a ele”.

A Moraes, a mãe de Silveira conta que o filho tem falhas, mas está “longe, muito longe, de ser um criminoso”. Ela afirma que os ataques praticados pelo deputado não vão se repetir: “Me encarreguei pessoalmente de cuidar deste assunto”.

Matildes ainda afirmou que emoção e um “sentimento de momento” fizeram o filho perder a razão – algo que não teria ocorrido caso Silveira tivesse “dormido uma noite” de sono. Na carta, a mãe assegura que o deputado é “um homem bom”.

“Sou uma idosa viúva que já perdeu um filho jovem em morte prematura e que tem no Daniel a base para tudo, meu porto seguro, e tenho sofrido muito com toda essa situação, me colocando em uma situação análoga à perda de mais um filho”, disse.

O motivo para o contato com Moraes, segundo ela, é que “jamais passou panos quentes nas falhas cometidas” pelo parlamentar ao longo da vida. Na carta, a mãe de Silveira afirma ainda que não busca a absolvição do filho, mas a possibilidade dele responder em liberdade e pede ao ministro que avalie o seu pedido “com o coração”.

“Acredito veementemente que ele já entendeu que errou, pois conheço meu filho como a palma de minha mão e peço ao senhor ministro que venha a se despir da figura de juiz e leia esta carta como um filho e também como pai, que acaba sendo um pouco de ‘mãe’”, escreveu.

O apelo continua e Matildes diz que Silveira perdeu o aniversário da filha de cinco anos em março, quando foi preso pela primeira vez (antes de ser beneficiado com a domiciliar), e agora pode perder o dela, no dia 24. “Gostaria de tê-lo perto de mim”.

Por fim, Matildes faz um convite a Moraes: “Um dia, quem sabe, tomar um café pessoalmente, para uma conversa sobre dias melhores”.

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