O Grupo Companhia das Letras publicou, na manhã desta sexta-feira (17), uma nota de posicionamento sobre “Abecê da liberdade: A história de Luiz Gama, o menino que quebrou correntes com palavras”, livro infantil que relativiza a escravidão e o tráfico de escravos comercializado pela editora.
Maior empresa do ramo no Brasil, a companhia diz que incorporou a obra de José Roberto Torero e Marcus Aurelius Pimenta sem revisão em 2015. Após repercussões negativas e apontamentos de racismo, o livro foi recolhido do mercado nesta semana.
“Nós erramos”, declarou a editora. A nota ainda afirma que a empresa está tomando “ações de compromisso com a pauta antirracista e analisando novas iniciativas que possam ser incorporadas”.
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A companhia ainda destaca que concorda com as críticas, e que “sentimos muito pelo ocorrido e lamentamos profundamente. Quando percebemos o nosso erro grave, imediatamente disparamos o processo de recolhimento dos livros do mercado.”
Luiz Gama foi um orador, jornalista e escritor, além de ter sido Patrono da Abolição da Escravidão no Brasil. No século XIX, o ex-escravo foi responsável por libertar mais de 500 pessoas.
“Seguimos certos de que a atitude antirracista é o caminho correto e continuaremos cotidianamente reafirmando esse valor com nossas publicações. Agradecemos as manifestações vindas do público e da imprensa, que foram fundamentais para nosso processo de amadurecimento. Seguimos sempre abertos para o diálogo. É preciso reconhecer erros e esse foi um erro grave”, conclui o texto.
Leia a nota na íntegra:
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